O Método dos Aportes Dobrados – Técnicas para gestão de aportes em carteira própria e em fundos de Ações
Gestão de carteira, segundo o livro “O Mercado de Ações em 25 Episódios“
No livro acima citado há um “episódio” que estuda os efeitos da gestão de carteira pessoal, dividindo o portfolio em 50% de títulos de renda fixa e 50% em ações (índice).
Pelo método, o investidor deveria ajustar a carteira para os percentuais iniciais toda vez que houvesse uma discrepância entre os montantes de 5%, 10%, 20%, 30% ou 40%.
Ficou evidente que uma gestão ativa ofereceu resultados melhores (com base nos últimos 11 anos) do que uma gestão passiva.
Muitos investidores seguem esse modelo, alguns com outros blends entre renda fixa e renda variável, tais como 20%-80%, 30%-70% e assim por diante.
Mas e como cuidar dos aportes regulares (mensais, semanais, bimestrais etc.)?
Alguns investidores perguntam se há alguma estratégia OBJETIVA para distribuir seus aportes mensais em fundos ou em carteira própria.
Antes de prosseguir, vale um parênteses sobre o que seria uma estratégia de verdade e uma pseudo-estratégia.
Quando o investidor diz que faz aportes regulares, e quando a bolsa cai ele aumenta o valor dos aportes, não está definindo uma estratégia, pois faltam parâmetros objetivos para que ela possa ser testada.
Falta definir a periodicidade, os valores, o incremento no aporte, enfim, não é uma estratégia OBJETIVA o suficiente para virar um estudo.
A seguir será testada uma estratégia objetiva que pode ajudar os que querem fazer aportes regulares, mas não querem perder boas oportunidades geradas pela oscilação natural da bolsa.
O Método dos Aportes Dobrados
É um método simples, que consiste em dobrar o aporte do mês anterior, caso a bolsa (ou a ação, ou a cota do fundo) esteja em queda. Naturalmente reduzir à metade caso esteja em alta.
Para o estudo, consideram-se os seguintes parâmetros:
- Período: de Janeiro de 1998 a Outubro de 2010 (154 meses)
- Caso 1: Aporte mínimo de R$ 100,00 e máximo de R$ 800,00
- Caso 2: Aporte mínimo de R$ 100,00 e máximo de R$ 3.200,00
- Caso 3: Aporte mínimo de R$ 100,00 e máximo de R$ 12.800,00
Vai ser simulada a compra do Ibovespa ao final de cada mês do estudo. O aporte inicial será de R$ 100,00. Os aportes subseqüentes serão dobrados, caso o índice caia ao final do mês seguinte, ou reduzidos à metade, caso a bolsa suba (respeitando os limites expostos acima).
Para efeito de comparação, será feita a mesma simulação só que com o valor médio dos aportes (sem dobrar ou reduzir à metade). Dessa forma a comparação fica precisa, pois o volume total aportado nos 154 meses será idêntico.
Veja na tabela a seguir o exemplo para o primeiro ano.
Em janeiro de 1998 R$ 100,00 comprariam 0,0103 do Índice, que estava em 9.720 pontos. Nos meses seguintes não houve alteração do aporte, pois a bolsa subiu.
Na primeira queda, em abril de 1998, o aporte foi dobrado para R$ 200,00. O aporte foi dobrado para R$ 400,00 em maio e para R$ 800,00 em junho, pois a bolsa continuava em queda.
Já em julho a bolsa apresentou alta novamente, portanto o aporte foi reduzido à metade. É importante lembrar que devem ser respeitados os limites dos casos propostos no estudo (R$ 100 a R$ 800 no caso 1, R$ 100 a R$ 3.200 no caso 2 e R$ 100 a R$ 12.800 no caso 3).
Resultados
Em todos os casos foi melhor utilizar o Método dos Aportes Dobrados do que aportar valores idênticos, ao menos para o período estudado.
Caso 1: Aporte mínimo R$ 100,00 e aporte Máximo R$ 800,00
- Total aportado: R$ 41.800
- Média dos aportes: R$ 271,43
- Patrimônio total ao final de 154 meses: R$ 174.945 – Usando o Método
- Patrimônio total ao final de 154 meses: R$ 156.294 – Sem usar o Método
- Quem usou o método obteve um patrimônio 11,93% maior.
- Rentabilidade anual com o método: 11,80%
- Rentabilidade anual sem o método: 10,82%
Caso 2: Aporte mínimo R$ 100,00 e aporte Máximo R$ 3.200,00
- Total aportado: R$ 86.200
- Média dos aportes: R$ 559,74
- Patrimônio total ao final de 154 meses: R$ 399.157 – Usando o Método
- Patrimônio total ao final de 154 meses: R$ 322.309 – Sem usar o Método
- Quem usou o método obteve um patrimônio 23,84% maior.
- Rentabilidade anual com o método: 12,69%
- Rentabilidade anual sem o método: 10,82%
Caso 3: Aporte mínimo R$ 100,00 e aporte Máximo R$ 12.800,00
- Total aportado: R$ 202.900
- Média dos aportes: R$ 1.317,53
- Patrimônio total ao final de 154 meses: R$ 1.093.578 – Usando o Método
- Patrimônio total ao final de 154 meses: R$ 758.660 – Sem usar o Método
- Quem usou o método obteve um patrimônio 44,15% maior.
- Rentabilidade anual com o método: 14,03%
- Rentabilidade anual sem o método: 10,82%
Considerações sobre os resultados
É natural que os valores máximos e mínimos sejam estabelecidos pela capacidade financeira do investidor, mas é bem claro que o método funcionou em todos os casos, e quanto maior a disponibilidade financeira para dobrar o aporte, mais dilatada ficou a diferença entre usar e não usar o método.
As rentabilidades anuais podem parecer pequenas, mas é importante lembrar o seguinte:
- O índice não é um indicador de qualidade dos ativos, mas de seu volume de negociação. Houve inúmeras empresas e fundos, nesse mesmo período, com resultados muitíssimo superiores aos do índice.
O Método funciona mesmo para variações aleatórias
Como último teste, foi feita uma simulação considerando valores aleatórios entre 5.000 e 73.000 no período de janeiro de 1998 e outubro de 2010.
Mesmo assim quem tivesse utilizado o método, teria alcançado um resultado 30% superior.
A fonte dos dados está na planilha que pode ser baixada aqui.
Olá Portinho,
Não entendi bem, talvez por não ter lido o livro.
Neste método apresentado que varia o aporte entre 100 e 3200 seria correto dizer que a capacidade de aporte é de 3200 e você quadra 3100 pra ir fazendo isso?
Não entendi bem como uma pessoa que aporta 100 poderá aportar 3200. Quem aporta 100 é porque deve receber 3200 de salário ou menos.
Se for isso, você considera o custo de oportunidade?
BPM
05/06/2018
Oi BPM.
Na verdade esse post é mais um exercício matemático para ver o resultado.
Se a pessoa for usar o método, precisa primeiro ver sua capacidade de aporte. Se vai de 100 a 3.200, provavelmente deverá ser capaz de fazer aportes de 1.200 a 1.500 reais.
Ele vai manter o dinheiro em renda fixa (custo de oportunidade garantido) e vai fazer os aportes dobrados nas quedas, e metade nas altas.
Mas naturalmente a capacidade dele não pode ser de 100 reais, também não precisa ser de 3.200, algo intermediário já seria adequado (acho que pela média, uns 1.000 reais de disponibilidade).
Abraço!
Portinho
10/06/2018
Boa noite!
Li seu livro mercado de ações em 25 episódios e gostei bastante, parabéns pelo livro!
Ainda estou um pouco na dúvida entre montar a minha própria carteira de ações ou ETE’s. Mas caso opte por ETF’s, você acha que esse método se aplica nos casos em que o valor destinado a investimento mensal seja maior? Pergunto isso pois se pretendo investir 4 mil por mês, é muito difícil dobrar o aporte. Percebi que quanto maior a margem maior a diferença da rentabilidade. Por exemplo, o método surtiria efeito caso estabelecesse um limite entre R$ 500 a R$ 4.000,00? Outra questão é que caso aplique R$500 no mês, o restante seria destinado a renda fixa? Confesso que não compreendi como empregar o método no caso de aportes regulares.
Felipe
25/04/2017
Oi Felipe, o método dos aportes dobrados é uma variante do método de aportes regulares. Se a pessoa tem uma capacidade máxima de aportar R$ 4.000, poderá aportar tudo se usar os aportes regulares. Se quiser usar o aporte dobrado, precisará iniciar em por exemplo, R$ 1.000,00 ou R$ 500,00. Não haverá grandes perdas, pois o dinheiro excedente continuará indo para a renda fixa. O princípio é sempre o mesmo, o que muda é a forma.
Portinho
26/04/2017
A planilha não tá com uma URL válida. Não existe mais aquele site? Onde posso baixar a planilha?
Luiz
06/02/2017
Infelizmente o INI acabou em 2012.
Portinho
06/02/2017
Com 20 ativos em carteira, é mais fácil seguir o método MAM (método de alocação mínima). Encontro dificuldade para usar o MAD. Alguma sugestão ?
santangeli
02/03/2016
Realmente a prática do MAD com muitos ativos fica mais complexa, pois não é só identificar que a bolsa caiu muito em relação à RF, ou vice-versa.
Nessa caso, dentro da própria carteira de ações, pode haver papéis mais interessantes para receber o aporte.
Eu tenho outro livro que trata disso, selecionar as ações que estariam mais baratas, sob critérios que o próprio investidor calcula. Está no “Investimentos para não especuladores”, da Editora Saraiva.
Mas concordo que, para muitos ativos, não é uma alocação trivial.
Funcionaria melhor se tivéssemos um ETF de RF e outro bom de IBOV.
Portinho
03/03/2016
Exato, imaginei um mix dos 2 métodos, mas com isso, acaba deixando de ser um “método”.
Uma dúvida, a saraiva não vende a versão eletronica do livro ?
santangeli
03/03/2016
Achei o livro eletronico e consegui compra-lo, instalei o reader da saraiva mas ele nao funcionou para mim. Após um tempo pesquisando consegui finalmente colocar o livro no meu kindle será minha leitura para o fim de semana. Valeu pela dica.
santangeli
03/03/2016
Boa tarde,
Boa tarde Portinho,
Gostaria que respondesse se possível minha dúvida!:
É possível ganhar R$ 100,00 por dia investindo em fundo de ações, tesouro direito e fundo imobiliário? Com aportes Mensais de R$ 400,00 onde o lucro seja constante mesmo com as taxas de administração e corretagem.
Atordelle
25/12/2015
Olá, há 2 pontos.
Um é acumular patrimônio suficiente para que ele renda OS R$ 100 por dia. Isso leva tempo e você teria que ter uns R$ 600.000 para poder receber R$ 3.000 livres de inflação.
Outro ponto é utilizar a bolsa como trabalho, fazendo trades, comprando e vendendo, especulando etc.
Também é possível. É possível ganhar milhões até, mas é necessário ser profissional e ter um certo talento para o risco.
São coisas diferentes.
Portinho
06/01/2016
Olá,Portinho!
Sou iniciante em investimentos e pretendo seguir seus ensinamentos.Achei excelente este método mas fiquei com uma dúvida em relação aos casos 2 e 3.O aporte para alcançar ao máximo,respectivamente R$3.200,00 e 12.800,00 deveria sofrer queda durante muitos meses seguidos? pois do contrário com quedas e subidas o valor estará sempre subindo e descendo sem atingir esses valores.Não consegui entender isso,ao fazer aporte entre R$100,00 e R$3.200,00,não seria possível em 1998 atingir o aporte máximo.Ou eu deveria partir de um valor mínimo maior,por exemplo,R$400,00 no caso 2 para que consiga,algumas vezes fazer o aporte máximo?
Desde já agradeço a atenção dispensada.
Respeitosamente,
Alex Calvet.
Alex Queiroz Calvet
17/02/2013
Oi Alex,
O importante do método é a disciplina:
– De investir sempre
– De compreender que é melhor comprar o ativo mais barato
A regra do MAD é para dar um tratamento matemático, objetivo, que não deixe o investidor mudar de estratégia de acordo com o momento.
Começar aos 400 ou aos 100 não deverá fazer muita diferença.
Abraço e seja bem vindo ao blog!
Portinho
20/02/2013
Muito obrigado pela resposta,Portinho!
Se for possível,gostaria de tirar apenas mais uma dúvida quanto ao MAD. Para que eu possa usá-lo,o ideal é que eu compre ações sempre de uma mesma empresa para que eu não me “perca”nas variações?Ou é possível fazer cada mês com ações de empresas diferentes?
Mais uma vez agradeço,
Um abraço,
Alex Calvet.
Alex Queiroz Calvet
20/02/2013
Olá, desculpe a demora, é que estou em viagem.
O mais importante do MAD é a disciplina de poupar.
Vc pode comprar um ativo por vez, ou até um ETF.
Portinho
06/03/2013
Portinho,
Tudo bom?
Gostaria de tirar uma dúvida.
Vi que o resultado final é o valor final do investimento pelo valor total das aplicações. Não seria mais apropriado usar a XTIR? Eu usei a XTIR e o resultado foi bem expressivo positivamente.
Grato,
Sir Income
Sir Income
22/04/2012
Oi Sir,
Tem toda razão. Para saber a taxa de retorno tem que usar a XTIR ou a TIR, pois os períodos são equivalentes.
A diferença é bem expressiva, retorno muitíssimo mais alto.
Não vou mudar o post, pois os resultados com a XTIR só reforçariam a validade do MAD nos últimos 12 anos. O retorno seria ainda maior.
Mas deixo registrado aqui no comentário que a forma matemática correta para avaliar o retorno dos fluxos de caixa é mesmo a XTIR.
Mais adiante atualizo o post e calculo pela XTIR.
abraço e obrigado pelo comentário,
Portinho
Portinho
24/04/2012
Portinho,
Obrigado pela resposta.
Fiquei impressionado com o retorno. Por isso queria ter certeza que estaria correto usar XTIR.
Abraços,
Sir Income
Sir Income
24/04/2012
É isso mesmo.
O cálculo ponto a ponto é imperfeito, mas indica qual método seria melhor. Na próxima vou usar o XTIR.
abraço!
Portinho
24/04/2012
Caro Paulo Portinho, sou leitor do seu blog, sou associado do INI, seu livro dos 25 capítulos sobre a bolsa é de cabeçeira, mas na hora de balancear a carteira, não consigo me prender aos métodos que voce apresenta.
assim, desde dezembro passado peguei 170000,00 em ITUB4 , v endi tudo e dividi por 12, peguei o resultado (14166,00), escolhi doze ações e comprei, procurando lotes redondos como 1000, 1200, etc.
confesso que tive sorte de principiante pois algumas das ações que comprei vem subindo desde dezembro. mas estou tentando além de aprender esse método de balanceamento de carteiras, analisar os fundamentos das empresas.
então, nesse exemplo q vc deu, já que estou 100% na bolsa e as oscilações não me assustam, como deveria aplicar agora aportes regulares? na minha atual condição financeira, a partir deste mes poderei fazer aportes mensais de 1000,00. pegaria uma ação por mês ? duas talvez ?
obrigado.
josé manoel.
jose manoel da cunha e menezes
20/02/2012
Oi José,
Desculpe a demora, mas foram tempos corridos por aqui.
Bom, primeiro você precisa deixar esses recursos em um bom fundo de renda fixa, ou um CDB de primeira linha. Não pode deixar o dinheiro parado, pois o balanceamento só funciona se a renda fixa for decentemente remunerada.
Você, na verdade, está buscando duas estratégias diferentes.
A primeira é reduzir o risco da RV fazendo aportes regulares (14.000). O balanceamento você só poderá começar a fazer após ter definida a estrutura entre RFxRV que deseja.
Se é 50%-50%, 60%-40%, 70%-30% ou 80%-20%.
Em posts anteriores eu ensinei a fazer o ajuste para valores diferentes de 50%-50%. Está aqui para leitura.
Você só deverá começar o balanceamento quando já tiver os patamares definidos e os montantes aplicados.
Supondo que o valor seja R$ 170 mil, uma divisão 60%RV 40%RF seria R$ 102 mil RV e R$ 68 mil RF.
Quanto aos 1.000 por mês, aporte em renda fixa, deixe que faça parte do montante que você está usando para aplicar em ações. Assim que chegar ao patamar definido RVxRF, comece o processo de balanceamento.
[]
Portinho
Portinho
27/02/2012
Boa noite portinho, você poderia nos dar um exemplo prático usando toda a metodologia posta em seus livros e artigos, no caso do arnaldo explicado no livro ficou muito limitado faltando a diversificação e balanceamento de carteira 50-50 e nos mostrasse como funcionaria tudo isso com uma pessoa começando do zero e com 500,00 reais todo mês ou o valor que achar mais prático, como seria este trajeto, corretagem e ted também são custos que fazem uma diferença no valor final e por isso acredito que fazer aportes 100 reais seria totalmente inviável.
Adriano
21/09/2011
Caro Adriano,
Cada artigo aborda um conceito específico sobre o investimento em ações. Seja o investimento regular, seja a diversificação de carteira, aportes crescentes, balanceamento de carteira, redução do estoque de imposto e muitos outros temas que abordei em meus artigos e livros.
Humildemente eu diria que não há, no mercado brasileiro, um conjunto tão amplo de técnicas simples e úteis, ao alcance de pequenos investidores, quanto as que coloquei no livro 25 episódios.
Agora… o uso que cada um vai fazer dessas técnicas não está no ambiente dos livros nem dos artigos, mas no nível do planejamento financeiro pessoal.
Cada pessoa, com cada realidade, vai precisar encarar o mercado de ações de forma diferente. Não há como fazer uma “artigão” juntando tudo ao longo de, sei lá, 15 anos. É impraticável.
Há pessoas que conseguem fazer isso de forma autônoma, juntar vários temas e fazer uma boa gestão financeira pessoal, há outras que precisarão de apoio de algum planejador financeiro, mas as técnicas serão as mesmas, com poucas variações.
Quanto ao aporte de R$ 100,00, muito provavelmente terá que ser feito num fundo de ações ou clube. Escrevi sobre isso aqui no blog.
Já 500 reais por mês é bem fácil. Faço aportes via boleto bancário em minha corretora. Super simples e custando apenas R$ 1,45 por operação. Há corretoras que operam com 5 bancos diferentes para que os clientes façam transferência em vez de DOC ou TED.
Em suma, os livros e os artigos trazem muitos ingredientes e explicam como funcionam, mas para misturar tudo e fazer crescer esse “bolo” é algo a ser definido caso a caso.
Portinho
21/09/2011
Portinho,
Gostei demais do seu método! Vou aplicá-lo.
Mas fiquei meio intrigado. Porque exatamente dobrar o aporte?
Ou pq não seria triplicar ou colocar um pouco mais… Ou seja. Essa questão de dobrar, vc vez avaliação com outras quantidades de aportes? Dobrar foi o “ponto ótimo” ?
Abs!
Investidor Defensivo
16/09/2011
Olá,
O MAD é apenas um disciplinador “turbinado”. Isso porque o aporte regular já é a forma mais indicada (e testada durante séculos) para formar patrimônio em qualquer modalidade de aplicação e, principalmente, em renda variável. Os americanos chamam de Dollar Cost Averaging (ver outros posts sobre o assunto).
Turbinado porque ele potencializa o “cost averaging”, comprando AINDA MAIS quando se está em baixa.
Não trabalhei para achar o ponto ótimo, pois sempre seria algo relativo ao passado, nada diria para o futuro (ou muito pouco).
Em outros posts mostrei que nem todos os perfis de evolução de cota daria resultados superiores com o uso do MAD (principalmente fundos alavancados e/ou com muitos outliers, pontos fora da curva).
A principal mensagem do post é a da disciplina.
Eu rodei o SOLVER, ferramenta de cálculo numéro do Excel para ver o multiplicador que daria a maior diferença entre o MAD e o aporte regular. A resposta foi 1,6245. Esse multiplicador daria a maior diferença entre aportes irregulares e regulares.
Abraço!
Portinho
16/09/2011
Ok!Interessante! Obrigado pela resposta, Portinho! abs!
investidordefensivo
18/09/2011
Muito interessante esse artigo, parabéns!
Abs
Coach
27/04/2011
Muito obrigado.
Portinho
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MAD – Método dos Aportes Dobrados – Excessões « Blog do Portinho
07/01/2011
Bom dia,
Você poderia disponibilizar as empresas que investiu nos respectivos anos?
Obrigado
Ricardo Sales
16/12/2010
Oi Ricardo,
Nos anos do estudo utilizei como base o Ibovespa. Hoje existem fundos que buscam espelhar a rentabilidade do índice (BOVA11). Já seria possível, com custos baixos, utilizar o MAD para investir no índice.
Quanto ao estudo que fiz com o fundo da Geração Futuro, não sei quais ativos eles usaram nesses últimos anos. Sei que eles ainda têm Randon, Taurus, Petrobras, Vale, Banco do Brasil e outras (está no site deles).
Eu usei a compra da cota. Quando entramos no fundo, compramos uma cota que representa uma parcela de toda a carteira.
Abraço!
Portinho
Portinho
16/12/2010
Muito legal o método, vou utilizar o mesmo, porém gostaria de uma sugestão para algum fundo ou ação que acompanhasse o desempenho do Ibovespa, pois li uma matéria na revista Info Money deste mês, que são pouquíssimos os fundos de ações que possuem desempenho suparior ao Ibovespa, isto é verdade??? E se eu fosse comprar com os R$ 100 reais ( aporte mínimo para o MAD ), alguma ação que fosse semelhante ao desempenho do Ibovespa, o custo de corretagem não seria muito alto para um aporte de apenas R$ 100,00 reais, prejudicando a rentabilidade. Enfim, gostaria de uma sugestão de onde aplicar o MAD , o qual achei nota 10 !!! Abraço e meus parabéns pelo seu trabalho.
Eduardo Giacomello Cobalchini
15/12/2010
Oi Eduardo, sugiro que dê uma investigada nos ETF (www.ishares.com.br), eles se propõem a reproduzir, com custos baixos, o desempenho do índice.
Abraço,
Portinho
Portinho
16/12/2010
Como utilizar o Método dos Aportes Dobrados ao diversificar, ou seja, como aplicar o MAD mensalmente quando quero comprar de empresas diferentes(petrobras,vale, usinas, etc.)
Ex: o 1º mês vale, 2º mês petr4, 3º mês usinas etc. Ao dobrar qual preço devo basear? Ou devo dobrar no 4º mês o preço da vale comprada no 1º mês e continuamente, fazer a dobra ou dividir no 5º mês aporte agora da petr4 ?
Obrigado desde já.
marco antonio moreira
13/12/2010
Oi Marco,
O método não consegue discernir qual a empresa comprar em qual mês.
Lembro que em dezembro de 2008 a VALE estava cotada a R$ 25,00 e a Randon a R$ 9,80, já em março de 2009 a Vale estava em R$ 34 e a Randon a R$ 4,80.
Isso deixa claro que é necessário um método para selecionar em qual empresa fazer o aporte do mês.
Minha sugestão é usar o Stock Selection Guide (Método INI) para seleção de empresas de crescimento.
Ele tem 60 anos de uso nos EUA e mais de 40 anos de uso na Europa e Austrália.
É um método didático para formação de patrimônio de longo prazo.
Para conhecê-lo, basta entrar no site do INI http://www.ini.org.br, clicar em Download Center e baixar o guia oficial do INI.
É a tradução do Guia Oficial da NAIC (www.betterinvesting.org).
Abraço!
Portinho
14/12/2010
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10/12/2010
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Como investir seu dinheiro mensalmente | Quero Ficar Rico
10/12/2010
Paulo,
Artigo excelente! Já li muita coisa sobre balanceamento da carteira em certos intervalos de tempo, mas tem muita pouca coisa sobre “balanceamento” de aportes.
Muito se fala sobre um balanceamento 50/50 entre RF e RV. Mas como seria isso com os aportes? Considerando que a pessoa tivesse R$ 1.000,00 para investir mensalmente, ela começaria investindo 500 em cada aplicação. Mas e os restantes?
Pensei em algo do tipo: 0/1000, 250/750, 500/500, 750/250, 1000/0, ou aumentando 100 sempre que caísse e diminuindo 100 sempre que subisse, até o limite dos R$ 1.000,00.
O que você acha?
Abraço!
Rafael Seabra
09/12/2010
Oi Rafael,
Agradeço o apoio.
Quanto à distribuição de aportes ele pode fazer sempre dentro do objetivo (50%-50%, 20%-80% e assim por diante).
No começo isso pode dar uma distorção, pois os aportes vão representar muito da carteira total (em 10 meses, por exemplo, o aporte corresponde a, teoricamente, 10% da carteira total).
Mas depois de uns 18-24 meses não faz mais muita diferença.
Com relação ao balanceamento de carteira, sugiro a leitura do capítulo do meu primeiro livro que trata do assunto.
Percebi que ajustes curtos, quando a diferença é menor que 30% são menos eficazes. Vale a leitura.
Portinho
10/12/2010
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Método dos Aportes Dobrados (MAD) aplicado ao fundo Programado da Geração Futuro « Blog do Portinho
08/12/2010
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Leituras para o final de semana e relatos da praça de guerra, Rio de Janeiro 26 de novembro de 2010 « Blog do Portinho
25/11/2010
Portinho,
uma dúvida que surgiu quanto ao rebalanceamento dos ativos e não consegui entender muito bem ao ler teu livro.
Veja se meu entendimento está certo por favor.
Ao se adotar o blend 30% Tesouro Direto e 70% Ações, o ponto de ajuste da carteira para os percentuais iniciais toda vez que houvesse uma discrepância de 30% entre os montantes seriam quando atingidos os percentuais de 9% Tesouro e 91% Ações. Certo ou errado?
Agradeço a tua resposta.
Deuteron
20/11/2010
Oi Deutoron,
Não dá para ser assim, pois suas ações teriam que subir 476% para que seu portfolio atingisse essa nova distribuição.
Eu me enganei, achei que o cálculo fosse simples, mas não é. Vou tentar escrever um artigo sobre esse balanceamento em termos diferentes do 50%-50%.
No seu caso, a conta correta daria ajustes quando as seguintes situações ocorressem:
35,7% em RF e 64,3% em RV
OU
23,1% em RF e 76,9% em RV
[]
Paulo Portinho
Portinho
24/11/2010
Portinho,
já ouviste falar no método “Value Averaging” do Michael E. Edleson? Em caso positivo, o que achas? Estou começando a ler o livro dele de mesmo nome.
Deuteron
20/11/2010
Oi Deutoron,
Não conheço o método, mas pelo nome deve ser algo próximo ao que o INI prega. Desculpe a demora em responder, mas estava fora e com acesso à internet bastante limitado.
Portinho
24/11/2010
voce fala que a rentabilidade pode ser melhorada se “colocarmos” os dividendos, mas lembro-lhe que o indice ibovespa usado na demonstração já tem os dividendos incorporados.
att
renato fries
02/11/2011
Oi Renato,
Agradeço a visita.
Para o índice você tem razão, o reinvestimento não faria muita diferença. Preciso testar para uma empresa isolada, pois o ajuste da bolsa é pontual e teórico, não sei se na prática, utilizando os dados sem ajuste e incorporando os dividendos faria diferença.
Os testes que fiz em Marcopolo, Vale, Petrobras e Gerdau davam uma boa diferença em 16 anos.
Mas para evitar dúvidas e até conseguir fazer os testes, retirei a afirmação. Ela não é necessária para justificar a metodologia.
Portinho
02/11/2011