Archive for maio \25\-03:00 2010
O caminho da ruptura está claro
Em meus posts anteriores há links para um caderno especial da revista “Digesto Econômico” tratando da “Estratégia de dominação gramscista“.
Pouca gente se importa com isso.
Mesmo aqui no blog, são poucos os que acreditam que o século XXI ainda abrigue, REALMENTE, seguidores de teóricos comunistas. Imaginam ser “teoria da conspiração” e coisas do gênero.
Da leitura do caderno supracitado extrai-se que há uma possibilidade de “ruptura” no modelo gramscista. Leiam o extrato a seguir:
“A concepção estratégica gramsciana não indica claramente a tática de ruptura no momento da crise orgânica e da tomada do poder. Subentende-se que esta vai depender das condições do instante histórico, da “correlação de forças” que “justifica uma atividade prática, uma iniciativa de vontade” e, em última análise, de uma decisão oportuna dos dirigentes do Partido. Entretanto, Gramsci indica, discretamente e com aparência de generalização, que a tomada do poder deverá ser um ato de força.
Para o instante em que a “situação culmina e se resolve efetivamente, ou seja, torna-se história” (momento da ruptura) o braço político e o braço armado do Partido têm que estar muito bem preparados para serem empregados no “momento favorável”.”
Há algumas semanas, em reunião com amigos e profundos conhecedores da teoria gramscista e da história do comunismo internacional, externei uma preocupação pessoal, que resumo a seguir.
A estratégia de crise orgânica, proposta abertamente por Gramsci como instrumento de tomada do poder, pode ser seguida por um fato que provoque a ruptura e permita aos aparelhos de dominação atuar fora da lei.
Eu entendo que as afrontas à lei eleitoral promovidas pelo presidente e sua candidata podem significar o estopim para a ruptura. Explico.
O deliberado abuso de poder econômico e político, além da reiteradas transgressões às regras legais e éticas de uma disputa política podem acabar levando o ministério público eleitoral a cassar a candidatura da situação.
E isso, parece-me, pode significar motivo suficiente para a explicitação dos objetivos inconfessáveis de alguns membros do governo.
Ao ler hoje no blog do Noblat um post onde ele revela seu repúdio ao trabalho de Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada, ficou mais evidente que a estratégia de estressar ao máximo o TSE e o ministério público eleitoral tem 2 objetivos básicos:
1- Mostrar que o TSE pouco pode contra um presidente com elevada popularidade e exagerado culto à personalidade.
OU
2- Ter a candidatura cassada e dar motivos à exacerbação dos “movimentos sociais”.
Termino sugerindo que leiam o post do Noblat, que reproduzo a seguir, é extremamente didático. Talvez faça com que alguns dos leitores do blog comecem a entender que nem sempre estamos cercados por pessoas de bem.
Sobre um blogueiro ordinário
Sob o título “Noblat e o golpe contra Dilma. Só falta o TSE tomar coragem”, o blog “Conversa Fiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim, transcreve notícia que eu havia transcrito da Folha de S. Paulo e publicado aqui mais cedo, e também o comentário que fiz a respeito.
A notícia:
Abusos ameaçam eleição de Dilma, diz procuradora
Sérgio Torres:
A candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência caminha para ter problemas já no registro e, se eleita, na sua diplomação.
A afirmação é da procuradora da República e vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, que avalia que esses problemas podem surgir se casos de desrespeito à legislação eleitoral continuarem na pré-campanha.
Cureau diz haver uma quantidade imensa de coisas na pré-campanha de Dilma que podem ser interpretadas como abusos de poder econômico e político.
O Ministério Público Eleitoral está reunindo informações sobre os eventos dos quais a ex-ministra tem participado para pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a abertura de uma Aije (Ação de Investigação Judicial-Eleitoral) por abuso de poder econômico e político.
Em tese, a Aije poderá resultar na negação do registro ou no cancelamento da diplomação pela Justiça Eleitoral, como já falou, há dez dias, o ministro Marco Aurélio Mello, do TSE.
O comentário que fiz:
Há abusos suficientes para ameaçar o registro da candidatura de Dilma, admitem dois ministros do Tribunal Superior Eleitoral ouvidos por este blog. Mas falta ao tribunal coragem para tomar qualquer medida mais drástica a esse respeito.
Sobre um blogueiro ordinário
Sob o título “Noblat e o golpe contra Dilma. Só falta o TSE tomar coragem”, o blog “Conversa Fiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim, transcreve notícia que eu havia transcrito da Folha de S. Paulo e publicado aqui mais cedo, e também o comentário que fiz a respeito. A notícia:
Abusos ameaçam eleição de Dilma, diz procuradora
Sérgio Torres:
A candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência caminha para ter problemas já no registro e, se eleita, na sua diplomação.
A afirmação é da procuradora da República e vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, que avalia que esses problemas podem surgir se casos de desrespeito à legislação eleitoral continuarem na pré-campanha.
Cureau diz haver “uma quantidade imensa de coisas” na pré-campanha de Dilma que podem ser interpretadas como abusos de poder econômico e político.
O Ministério Público Eleitoral está reunindo informações sobre os eventos dos quais a ex-ministra tem participado para pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a abertura de uma Aije (Ação de Investigação Judicial-Eleitoral) por abuso de poder econômico e político.
Em tese, a Aije poderá resultar na negação do registro ou no cancelamento da diplomação pela Justiça Eleitoral, como já falou, há dez dias, o ministro Marco Aurélio Mello, do TSE.
O comentário que fiz:
Há abusos suficientes para ameaçar o registro da candidatura de Dilma, admitem dois ministros do Tribunal Superior Eleitoral ouvidos por este blog. Mas falta ao tribunal coragem para tomar qualquer medida mais drástica a esse respeito.
O que me chamou a atenção no “Conversa Fiada” foram comentários ali postados a propósito do que escrevi. Eles dão a medida do grau de irresponsabilidade do titular do blog, de sua parceria com gente insana, e por extensão do seu comportamento insano.
Alguns dos comentários:
• Pereira
25 de maio de 2010 às 12:33
Estou com uma pequena poupança para o futuro de meus filhos, mas vai ser obrigado comprar um AK-47, e os 6 meses que passei no exercito será utíl agora para trenar o mst e outros movimentos sociais, estou feliz vamos a revanche de 1964, e o primeiro tiro será na cara do no noblat, e em seguida em seus patrões, comprar armas esta facíl agora é logo ali no vizinho Paraguai, já estou começando a mobilização, em fim uma guerra cívil para acertar as contas pasadas.
• Digger
25 de maio de 2010 às 13:00
Esse Noblat, é um dos representantes do PIG federento e inescrupuloso. Ele tenta se passar, por um jornalista democrático, quando na verdade ele é a antítese de um democrata. Um sujeito cerceador da liberdade de expressão e opinião. Eles que não se atrevam numa tentativa golpista, porque vai escorrer muito sangue pelo solo de nossa pátria chamada Brasil. Que estes golpistas não sejam insanos de cometerem esta loucura.
• william lopes guerra
25 de maio de 2010 às 11:49
Sugestão: Vamos enviar milhares e milhares de e-mails ao Noblat lhe fazendo a seguinte indagação: “-Por que queres impedir a eleição de Dilma?” Ou telefonar para o celular, para o telefone fixo, ou cartas para a sua residência: milhares! Com a pergunta encimada.
Penso, às vezes, que o moderador do meu blog exerce com excessivo rigor a sua tarefa. Depois que leio comentários como esses acima postados em outros blogs, concluo que não. Que ele está certo.Quem tem um blog se torna responsável também pelo que deixa postado no espaço dos comentários. A esmagadora maioria dos comentaristas usa apelidos ou se vale de nomes falsos.O anonimato estimula ciom frequência as manifestações mais torpes – por vezes criminosas. Elas não podem ser toleradas sob a desculpa de que é livre a manifestação de pensamento.É livre para quem se sujeita à lei e assume as consequências pelo que escreve.
O fim do Euro? A Governança Global posta em xeque.
A crise européia, que veio substituir o subprime norte-americano no noticiário econômico, é um dos mais didáticos contrapontos à idéia de governança global surgidos nos últimos 20 anos.
Só perde em intensidade e conteúdo pedagógico para o fim da guerra fria, com o golpe (quase) mortal nas linhas de pensamento do comunismo internacional.
A idéia de um dirigismo planetário, de um consenso moral e comportamental e de uma integração crescente das nações é uma anomalia mecanicista, que, naturalmente, conspira contra a organicidade da interação entre indivíduos.
Conceder superioridade ao coletivo, sobre o indivíduo, é uma idéia tão linda, generosa e bucólica, quanto antinatural, reducionista e desumana.
Por sorte, cedo ou tarde, esse mecanicismo perde. Entretanto, quanto mais demorada a derrota, maiores as violações à condição humana
Raro didatismo
É pouco comum que haja colapsos estruturais que revelem tão cruelmente os erros dos governos.
No caso europeu a fratura está exposta e os membros quebrados, em avançado estado de putrefação econômica.
Enquanto países mais organizados e disciplinados conseguiram manter alguma sanidade em suas contas públicas, a Grécia, membro mais deteriorado, conseguiu proezas dignas do Zimbábue.
115% do PIB em dívidas, 13,6% do PIB em déficit. São números clássicos de bancarrota.
Curando um problema circulatório apertando o torniquete
Para um país livre, que tem domínio total de sua política econômica, fiscal e monetária, uma das respostas orgânicas seria ajustar o poder de compra da moeda nacional.
É uma resposta lógica, sistêmica e correta. Países perdulários e irresponsáveis economicamente devem perder poder de comprar relativo entre as outras nações.
Os déficits gêmeos de Bush fizeram o dólar norte-americano sair de uma relação de US$1,00/R$3,53 (2002), para uma relação de US$1,00/R$1,56 (junho de 2008). Para o Euro a perda também foi elevada, de US$ 0,80 para US$ 1,50.
Essa resposta econômica não pode ser aplicada na Grécia, pois o país compartilha a mesma moeda com outras nações da zona do Euro.
A questão é: sem poder mexer na moeda, quanto tempo durará a agonia do Estado grego?
Simples. Durará até o momento em que as contas públicas gregas atingirem patamares racionais e aceitáveis para os outros países.
A dúvida que ainda fica é: sem qualquer poder sobre a política monetária, e com reduzidíssimas possibilidades na política fiscal, pois o país está devendo mais do que produz e, a cada ano, amplia essa dívida em 13,6%, por quanto tempo a Grécia vai suportar o remédio forçado pela união européia?
Ao que tudo indica, o povo grego não quer esperar uma década para ver se as coisas se ajustam.
O FMI e a União Européia
Durante décadas o FMI foi o alvo predileto dos movimentos de esquerda dos países em desenvolvimento.
Alegavam que o organismo internacional fazia exigências inaceitáveis ao emprestar dinheiro às nações. O receituário de disciplina fiscal e câmbio livre era interpretado como ingerência indevida na soberania dos países.
Curiosamente a atuação da União Européia, com imposições muito mais severas e diretivas aos seus membros, não recebe o mesmo tratamento.
É um receituário idêntico, mas muito mais severo na dose. A soberania grega, assim como a de qualquer país europeu, NÃO EXISTE MAIS.
Porém, o FMI é um organismo capitalista. A governança global é um sonho socialista, comunista, Fabiano.
A prova do anacronismo
Por extensão, é possível deduzir que o tucano também é contra a substituição do Mercosul pela Unasul, que pretende criar, nos próximos 15 anos, uma dinâmica econômica, política e social próxima à da União Europeia na América Latina moeda única, conselho de segurança regional, livre trânsito de pessoas, cooperação em investimentos de infraestrutura e gradual eliminação de tarifas para exportações e importações entre os países do bloco.
O texto acima é um extrato DIRETO do blog do ex-deputado José Dirceu, influente membro da esquerda brasileira. Esse texto foi escrito em 07 de maio de 2010, período em que o povo grego estava nas ruas protestando CONTRA as imposições feitas pela União Européia.
Fica difícil entender o que leva alguém a escrever algo tão desprovido de análise contemporânea. Parece que não lê qualquer jornal. Talvez não leia mesmo.
Fica o alerta ao Brasil
Não há qualquer garantia de que o Euro sobreviverá à crise fiscal de alguns de seus países membros. A necrose na economia grega ainda consegue ser contida, à custa do endividamento de outras nações mais ricas. Se, entretanto, a necrose começar a vir de Espanha, Portugal, Irlanda e Itália, como se prevê, não há muito que fazer.
Basta uma decisão soberana do parlamento alemão ou francês para que a experiência de economia com planejamento central seja abruptamente encerrada. Com dores de cabeça para toda economia mundial.
É importante que o Brasil saiba ler as lições do quadro apresentado acima.
O país já tem suficientes diferenças econômicas, culturais e sociais entre seus próprios entes federados. Não fará qualquer sentido ter que lidar com as diferenças econômicas, culturais e sociais da Argentina, Paraguai, Venezuela, Bolívia, Equador etc.
O texto do ex-deputado, a ação do Itamaraty e as declarações do presidente da república não deixam qualquer dúvida quanto aos objetivos de nossa diplomacia.
Todo cuidado é pouco…
Ler Post Completo | Make a Comment ( 6 so far )Paulinho e Emerson – novas músicas e release
Novas músicas para baixar:
- Somebody to Love – Banda Killer Kings
- We are the Champions – Banda Killer Kings
- Don’t stop me know – Banda Killer Kings
- Texas Flood – Banda No Trouble – SRV Tribute
- Amor de índio – Paulinho e Emerson
- For no one – Paulinho e Emerson
Release – Paulinho & Emerson
A dupla “Paulinho & Emerson” fez sua primeira apresentação em outubro de 1990, há praticamente 20 anos.
Durante a primeira metade da década de 1990 apresentaram-se em, praticamente, todas as casas dedicadas a música ao vivo no Rio de Janeiro. Só no Pub Queens Legs foram 4 anos ininterruptos.
Em 1996 participaram da banda vencedora do Festival de Música de Piraí, com uma canção de Altay Veloso.
De 1996 a 2003 ficaram em cartaz no famoso bar Zepellin, na Avenida Niemeyer. Entre as ilustres visitas que assistiram ao show da dupla, temos Léo Jaime, Johnny Lang, Mike Stern e ninguém menos do que Roger Waters, lendário baixista do Pink Floyd.
Nos trabalhos solo Paulinho fez parte das bandas: Os Bão e Ducarvalho.
Emerson formou a banda Pepperband, Beatles cover com apresentações em todo o país e em Liverpool, Inglaterra.
Emerson é, atualmente, o vocalista do projeto Toca Raul, homenagem a Raul Seixas.
É também o vocalista da banda Rolando Stones, com Fernando Magalhães (Barão Vermelho), Felipe Cambraia e Alex Veley (Nando Reis) e Kadu Menezes (Kid Abelha).
A dupla continua na estrada e seu forte está no repertório (mais de 1.000 músicas) e nos vocais. De Paul Simon a Raul Seixas, de Beatles a Barão Vermelho.
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