Archive for março \12\-03:00 2014
Lucros da CSN e VALE. Atualização sobre o Método SEMPRE.
Amigos do blog,
Havia dito a alguns que a previsão para o lançamento do nosso livro sobre o Método SEMPRE seria para final de Abril de 2014.
Ainda luto por essa data, mas a editora ainda não confirmou.
A boa notícia é que o Portal ADVFN já me enviou uma versão beta da ferramenta que vai ajudar o usuário do Método, creio que ela poderá ser lançada em conjunto com o livro, já plenamente funcional.
Enquanto isso, alguns comentários sobre o que vai no livro…
Trabalhando os lucros das Companhias.
Como teaser do livro, abro o espaço para uma breve discussão sobre os lucros não recorrentes das Cias Abertas.
Um dos problemas (em minha opinião) do Método INI, era não tratar a questão dos lucros (prejuízos) não recorrentes, o que acabava por distorcer o histórico de múltiplos fundamentalistas e por confundir o usuário.
No livro, as duas Companhias do título são tratadas e todas têm algum ajuste relevante a se fazer no lucro divulgado.
Vale ressaltar que os ajustes são feitos APENAS para melhor compreensão do resultado ATUAL e PASSADO da Companhia. As avaliações de futuro seguem sua própria lógica.
VALE
A Companhia em 2012 havia divulgado um lucro de cerca de R$ 9,8 bilhões que, excluídos os fatores não recorrentes (impairment – baixas contábeis por valor justo de ativos, variação cambial etc.) seria de, segundo a Companhia, R$ 20,5 bilhões.
É claro que, se utilizarmos o lucro contábil simplesmente, o P/L, por exemplo, ficaria mais que o dobro do “real”.
Já em 2013, a VALE fez ajustes de ordem de R$ 26 bilhões, o que fez seu lucro contábil cair a R$ 115 milhões, talvez o menor em 20 anos. Ocorre que a Companhia informa que o lucro “básico”, retirando fatores não recorrentes como REFIS, baixas contábeis etc., chegaria a R$ 26 bilhões, cerca de 30% maior do que o lucro de 2012. Ainda, informa que a geração de caixa foi de R$ 49 bilhões, a segunda maior da história.
Por que isso é importante?
Quem analisa fundamento tem que analisar o negócio. Os fatores não recorrentes são ruins, mas pontuais e, eventualmente, não tem impacto direto no caixa.
CSN
A CSN também teve fortes perdas contábeis por aderir ao REFIS, cerca de R$ 1 bilhão. O lucro divulgado foi de R$ 534 milhões em 2013. No quarto trimestre, a Companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 487 milhões, porém informa que houve impacto negativo de R$ 937 milhões por conta da adesão ao REFIS.
Segundo a própria Cia, o lucro do 4T13 seria de cerca de R$ 450 milhões o que levaria o lucro “básico” da CSN a algo como R$ 1,5 bi.
O pagamento de dividendos de cerca de R$ 800 milhões, os recordes de receita e de vendas, o elevado EBITDA e a Margem EBITDA, enfim, foram resultados bem mais robustos do que o lucro contábil poderia deixar inferir.
O P/L da CSN, com o lucro contábil, estaria na ordem de 24, já com o lucro “básico” que retira o efeito do REFIS, estaria na ordem de 8.
Resumindo…
O Método ensina a tratar de forma bem simplificada essas questões, ainda aborda questões relevantes como a nova nomenclatura do lucro, após IFRS (lucro líquido atribuído a acionistas controladores), além de mais graus de liberdade quanto às perspectivas futuras.
Espero que (quando sair…) seja um bom guia para aprender análise fundamentalista de forma prática e objetiva!
Ler Post Completo | Make a Comment ( 17 so far )