Pré-sal. É duro entrar no inferno…

Posted on 28/04/2008. Filed under: Finanças, Humor, Política |

Querem saber mais sobre as mega-ultra-hiper-descobertas da Petrobras?
 
Bom, o site bloomberg.com traz uma matéria tratando-as com um certo desdém.
Vejam (em inglês):
 
http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601109&sid=aOspOz2AMLLU&refer=home
 
Entre outras coisas afirmam que o sonho brasileiro de se tornar um grande exportador de petróleo esbarra em algumas “barreirinhas” técnicas, tais como:
 
  • O petróleo que está abaixo de 7 km de profundidade é tão quente que derreteria até o metal que é usado para carregar urânio em usinas nucleares (bismuto).
  • Será preciso usar ferramentas capazes de suportar uma pressão que esmagaria uma pickup em segundos.
  • Será preciso ter tubos que suportem 250 a 300 graus de temperatura.
  • A broca deve ser capaz de furar camadas de sal com mais de 1,5 km de espessura.
TODAS ESSAS FERRAMENTAS E ESSA TECNOLOGIA AINDA NÃO FORAM INVENTADAS. TODAS.
 
A Chevron e a Exxon tiveram suas ferramentas “desintegradas” ao utilizá-las para dragar petróleo no golfo do México, há dois anos. E em profundidades menores, como é característico do golfo.
 
Ambas as empresas, recordistas em poços profundos, já fecharam poços e terminaram projetos de 3 a 3,5 km de profundidade depois que o calor destruiu as ferramentas.
 
A camada de sal de Carioca começa em 7 km de profundidade. O poço está bem abaixo disso, quase a 10 Km de distância.
 
Bom, deu pra ver que não é fácil. Muita gente acredita cegamente que as descobertas valem uma fortuna e, por isso, compram petrobras como nunca!
 
Eu tenho cá minhas dúvidas.
 
De qualquer maneira, vamos torcer para a Petrobras contratar o capitão Nemo, personagem de Júlio Verne.
 
Esse tem experiência em águas profundas.

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  • Paulo Portinho

    PAULO PORTINHO, engenheiro com mestrado em administração de empresas pela PUC-Rio, é autor do Manual Técnico sobre o Método INI de Investimento em Ações, do livro "O Mercado de Ações em 25 Episódios" e do livro "Quanto Custa Ficar Rico?", os dois últimos pela editora Campus Elsevier.

    Paulo atuou como professor na Pós-graduação de Gestão Social da Universidade Castelo Branco e na Pós-graduação oferecida pela ANBIMA de Capacitação para o Mercado Financeiro.

    Atuou como professor da área de finanças e marketing na Universidade Castelo Branco e no curso de formação de agentes autônomos do SINDICOR.

    Como executivo do Instituto Nacional de Investidores - INI (www.ini.org.br) entre 2003 e 2012, ministrou mais de 500 palestras e cursos sobre o mercado de ações, sendo responsável pelo desenvolvimento do curso sobre o Método INI de Investimento em Ações, conteúdo que havia chegado a mais de 15.000 investidores em todo o país, até o ano de 2012.

    Representou o INI nas reuniões conjuntas de conselho da Federação Mundial de Investidores (www.wfic.org) e da Euroshareholders (www.euroshareholders.org), organizações que congregam quase 1 milhão de investidores em 22 países.

    Atuou como articulista do Informativo do INI, do Blog do INI, da revista Razão de Investir, da revista Investmais, do Jornal Corporativo e do site acionista.com.br. Foi fonte regular para assuntos de educação financeira de veículos como Conta Corrente (Globo News), Infomoney, Programa Sem Censura, Folha de São Paulo, Jornal O Globo, entre outros.

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