Pré-sal. É duro entrar no inferno…
Posted on 28/04/2008. Filed under: Finanças, Humor, Política |
Querem saber mais sobre as mega-ultra-hiper-descobertas da Petrobras?
Bom, o site bloomberg.com traz uma matéria tratando-as com um certo desdém.
Vejam (em inglês):
Entre outras coisas afirmam que o sonho brasileiro de se tornar um grande exportador de petróleo esbarra em algumas “barreirinhas” técnicas, tais como:
- O petróleo que está abaixo de 7 km de profundidade é tão quente que derreteria até o metal que é usado para carregar urânio em usinas nucleares (bismuto).
- Será preciso usar ferramentas capazes de suportar uma pressão que esmagaria uma pickup em segundos.
- Será preciso ter tubos que suportem 250 a 300 graus de temperatura.
- A broca deve ser capaz de furar camadas de sal com mais de 1,5 km de espessura.
TODAS ESSAS FERRAMENTAS E ESSA TECNOLOGIA AINDA NÃO FORAM INVENTADAS. TODAS.
A Chevron e a Exxon tiveram suas ferramentas “desintegradas” ao utilizá-las para dragar petróleo no golfo do México, há dois anos. E em profundidades menores, como é característico do golfo.
Ambas as empresas, recordistas em poços profundos, já fecharam poços e terminaram projetos de 3 a 3,5 km de profundidade depois que o calor destruiu as ferramentas.
A camada de sal de Carioca começa em 7 km de profundidade. O poço está bem abaixo disso, quase a 10 Km de distância.
Bom, deu pra ver que não é fácil. Muita gente acredita cegamente que as descobertas valem uma fortuna e, por isso, compram petrobras como nunca!
Eu tenho cá minhas dúvidas.
De qualquer maneira, vamos torcer para a Petrobras contratar o capitão Nemo, personagem de Júlio Verne.
Esse tem experiência em águas profundas.
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