Bitcoin. O que sabemos até agora.

Posted on 28/12/2017. Filed under: Filosofia, Humor | Tags:, , , |

Creio que essa febre por criptomoedas, colocando-as no noticiário e sujeitando-as às mais diversas explicações, já nos permite debater “o que é isso?”.

Ainda não encontrei nenhuma narrativa convincente a respeito das criptomoedas, ao menos a respeito dos motivos pelos quais poderiam ser considerados ativos. E, principalmente, não há narrativa convincente a respeito do fundamento para comprar ou “investir” em Bitcoin.

Vamos ao que já se pode saber e ao que ainda é obscuro.

  1. Criptomoedas não são moedas

Moeda não existe por si, moeda é criação destinada à comparação de valor entre bens. Se permitir diferenciarmos o valor de um cacho de bananas do valor de uma coleira anti-pulgas, a moeda cumprirá seu papel.

Tudo que envolve as criptomoedas não se parece com o que envolve o mundo das moedas. Não existe IPO (abertura de capital) para lançar moedas de verdade. Ninguém faz um ICO (oferta inicial de moedas) para o dólar ou para qualquer coisa que se pareça moeda.

A proliferação dessas criptomoedas, várias já na casa dos bilhões de dólares de valor de mercado, também é algo completamente diverso do mundo das moedas. Não faz sentido ter 40 criptomoedas concorrendo entre si e surgindo a todo instante.

Mas creio que nem os first-users do Bitcoin o entendem hoje como moeda. Após a entrada nos mercados futuros a narrativa atual é compará-lo com o Ouro, como reserva de valor.

Bitcoin não é moeda e não se parece com moeda. E também não é meio de pagamento. Aliás, Bitcoin não é nem mesmo o software que permite as transações entre os participantes do sistema.

  1. Bitcoin também não é ouro, nem nenhuma outra commodity.

A comparação com o ouro se dá porque ambos não teriam valor intrínseco, valor fundamental. Ou seja, a negociação do ouro no mercado futuro, seu preço, nada teria a ver com o seu valor em uso.

Mas eu entendo essa percepção a respeito do ouro como bastante errada. É claro que a negociação de seu valor no mercado futuro tem a ver com o seu valor em uso.

A prova disso é que quem precisa usar, paga a cotação atual do ouro, não o compra por um preço mais baixo, por um preço teórico fundamental.

Com o petróleo é a mesma coisa, De quase US$ 150, caiu a US$ 30 em alguns meses, há alguns anos. Por quê? Qual o valor fundamental do petróleo? Qual o seu valor em uso?

Em ambos os casos, INCLUSIVE para moedas como o dólar e o euro, o preço à vista é derivado do preço do mercado futuro (ou do mercado mais líquido).

Quem vai dizer que o ouro ou o petróleo estão caros ou baratos? Qual seria o “preço justo em uso” dessas commodities? Não há. O preço é aquilo que acontece no mercado futuro. E é isso, só isso, nada mais do que isso.

A principal diferença entre ouro e petróleo é que o mercado futuro de petróleo acaba influenciando o exercício físico dos contratos, ou seja, há MUITA negociação física de petróleo. Para commodities de uso em larga escala no mundo, esses contratos futuros acabam virando troca de mercadorias por dinheiro mesmo, em algum momento.

No mercado de moedas ou de ouro (reserva de valor) a troca de mercadorias costuma ser irrelevante, às vezes inexistente.

O Bitcoin tem várias características distintas do ouro. A primeira delas é que o Bitcoin não tem nenhum valor intrínseco. Não tem valor em uso, não tem valor fundamental. Nesse aspecto ele não poderia ser comparado a uma commodity real. O ouro é utilizado. Entre 10% e 20% do ouro minerado no mundo vai para aplicações nobres de tecnologia, medicina e biotecnologia. O Bitcoin não tem serventia no mundo real, ao contrário das commodities.

Outra questão é que a história do ouro, do interesse por ouro, tem milhares de anos. Seja pela facilidade para cunhar moedas, seja pelo interesse dos povos orientais (o que estimulou a negociação com a Europa), seja por ter sido adotado como sistema monetário até algumas décadas atrás.

Mas o que piora a situação de comparação entre criptomoedas e ouro é que já há várias em circulação. E várias por vir. Quantos novos “ouros” teremos?

Por que alguma delas viraria algo parecido com o ouro no imaginário da humanidade?

Já vimos que não é moeda e também não é commodity. O que será?

  1. A tecnologia do Bitcoin é revolucionária

É mesmo? Por quê?

A justificativa da velocidade para mandar dinheiro entre pessoas é furada. Em 2009 um investidor dinamarquês, que recebemos em nossos escritórios no Rio, comprou ações da Petrobras, na bolsa de Nova Iorque, utilizando sua conta (em Coroas Dinamarquesas) no Saxobank. Isso tudo de um computador no Brasil. A compra foi imediata. Tudo ocorreu mais rápido que num piscar de olhos. O câmbio de danish krone para dólar e a compra das ações. E custou ZERO de corretagem (provavelmente o banco tirava seu FEE da operação de câmbio).

Ainda que a tecnologia por trás do Bitcoin fosse mais rápida (e não é), não poderia ser tratada como revolucionária por isso.

Quanto à segurança, ainda que os critérios meramente tecnológicos fossem superiores à segurança do sistema bancário, há várias questões em que o Bitcoin é pior. Não há fundo garantidor de crédito se uma corretora quebrar ou for hackeada. Não há seguro contra fraudes. Não há qualquer estrutura jurídica que proteja o investidor. Se perder a senha, perdeu os Bitcoins. Em caso de morte, se a família não souber a senha, perdeu a herança.

A segurança não se faz apenas na estrutura tecnológica, mas na relação entre as pessoas e as instituições. O Bitcoin não se relaciona com as estruturas de proteção dos mercados.

Se alguém hackeasse o Itaú, ou até o Banco Central, poderíamos recuperar o Status quo em poucas horas e ninguém perderia seu dinheiro, ou sono, por isso. O Bitcoin, se for hackeado, ou se for detectada alguma falha de segurança, pode, simplesmente, desaparecer. E, como já dito, não há como recorrer a qualquer estrutura de proteção do mundo real.

Como já dito, a segurança do sistema financeiro é responsabilidade do próprio sistema, de forma que os investidores contam com proteção, às vezes até proteção dos governos, como na crise de 2008. Já a segurança do Bitcoin depende exageradamente da disciplina individual de cada um.

  1. O risco legal-tributário

Outro ponto que pouco se debate é que o Bitcoin, ainda que não se saiba o que é, traz obrigações legais-tributárias das quais os operadores não podem fugir, menos ainda fingir que a criptomoeda está imune aos impostos.

Qualquer bem comprado sobre o qual se realiza ganho de capital será tributado.

Um trader de Bitcoin deveria oferecer à tributação seus ganhos, ainda que não haja clareza sobre a natureza das criptomoedas.

Para quem comprou e nunca vendeu, está tudo ok. Mas para quem fez várias incursões e realizou lucros, é arriscadíssimo manter esse ganho fora dos olhos da Receita. No Brasil as penalidades são pecuniárias, pesadas, mas aceitáveis (principalmente para quem teve bons ganhos), mas nos EUA pode até dar cadeia.

E, ao que parece, ninguém se importa com isso. Não é assim que a Receita vai ver o assunto. É ingenuidade achar que, por não ter natureza clara, a Receita vai abdicar de exigir impostos sobre ganho de capital.

E lembre-se, por mais “libertária” que seja a criptomoeda, você não vai fugir de uma intimação para abrir suas contas e suas operações em criptomoedas. A intimação e a cadeia são coisas bem palpáveis, do mundo real mesmo. O blockchain é lindo e pode ocultar seu nome, até chegar uma ordem judicial obrigando você mesmo a abrir o sigilo.

  1. A esquizofrenia das ofertas públicas inicias de moedas

Um das crenças mais irracionais a respeito do Bitcoin e de outras criptomoedas é que a “vitória” da tecnologia subjacente a elas traria ganhos aos detentores da moeda.

Isso não faz qualquer sentido. O Bitcoin não é um título de propriedade da rede, do software, de nada. Não é uma ação. A tecnologia do Bitcoin nem mesmo é proprietária, é livre. Quem tem Bitcoin não tem direito patrimonial sobre nada, exceto sobre o próprio Bitcoin.

Essas ofertas inicias de criptomoedas me assustam, pois capta-se dinheiro para desenvolver uma nova moeda, que significa desenvolver uma tecnologia, mas, até onde sei, o ganho do investidor vai se dar pela eventual valorização da moeda, porém a moeda NÃO costuma ser um título de propriedade sobre o investimento feito para desenvolvê-la.

Se a Adobe quiser captar dinheiro para desenvolver um software revolucionário de computação gráfica, os financiadores sabem que comprarão direitos de propriedade sobre os lucros desse novo software, eles não vão ganhar dinheiro recebendo desenhos virtuais ou flores em 3D desenvolvidas no software que financiaram. Eles vão ganhar se o software der certo e vender muito. Se der certo e não vender nada, perderão seu dinheiro.

É non sense econômico achar que o Bitcoin seria uma participação patrimonial no sucesso da rede que transaciona os próprios Bitcoins.

  1. O risco das más companhias

Um especialista brasileiro em Bitcoins exaltou o fato de a criptomoeda transacionar sem regulação e sem interferência de uma autoridade central. Em resumo, os governos não “saberiam” o que você está fazendo.

Essa característica é “bonita”. Uma rede cuja segurança é garantida pelo interesse de todos na higidez do sistema.

Mas essa característica é também perigosa. Além do risco de não contar com proteção alguma das instituições financeiras mundiais, ainda podemos fazer companhia a pessoas REALMENTE interessadas em fugir das autoridades.

A regulação central serve aos propósitos dos governos, mas também serve aos propósitos dos cidadãos. Não gostamos de pagar impostos, mas gostamos de usufruir do nosso dinheiro ganho legalmente.

Apesar de os impostos serem vistos como uma imposição arbitrária dos governos, eles são a única forma de financiamento do Estado Moderno. E uma das principais funções desse Estado é garantir a propriedade privada e seus derivados (contratos, trânsito de recursos etc.). Mesmo o Bitcoin, ou qualquer outro ativo que o indivíduo possa chamar de “seu”, é propriedade privada e só será mantido sob esse pacto social do Estado Moderno pós-feudal.

Não é razoável que queiramos fazer parte de uma rede mundial que protegeria de forma consistente criminosos, pedófilos, traficantes de armas e de drogas, entre outros que teriam interesses não republicanos e inconfessáveis para fugir do “regulador central”, da polícia e dos governos.

As redes bancárias em paraísos fiscais já são um estorvo para a sociedade, só recentemente as forças tarefas anticorrupção de vários países estão conseguindo atuar para coibir o uso desses instrumentos.

Já temos dificuldade para entender qual a vantagem que o Bitcoin traria para a sociedade, não faz sentido exaltar aquilo em que o Bitcoin é mais perigoso e mais prejudicial.

Entendo que, se começar a ser visto apenas, ou principalmente, como uma forma de transacionar dinheiro sem ser visto, vai acabar caindo na mesma categoria da dark web. E as companhias na dark web são as piores possíveis.

  1. O Bitcoin e o day-trade de estrume

Assisti a algumas palestras do folclórico Didi, o analista gráfico das agulhadas. Em uma delas ele contou uma história engraçada. Ele estava ensinando que, para análise gráfica “raiz”, é irrelevante saber qual o ativo que se está negociando, basta ver os gráficos e os indicadores.

Ele disse que viu uma oportunidade de trade no mercado futuro de uma commodity que ele não conhecia. Fez a tal agulhada dele e ganhou alguns milhares de dólares. Por curiosidade foi saber o que significava aquele ticker que negociou. E descobriu que se tratava de estrume (faz muitos anos, não tenho certeza se era estrume ou banha de porco, mas vale a história).

Qualquer coisa serve para trade, para negociação. O mercado de apostas na Inglaterra aborda até o nome que cachorrinho do filho da princesa vai receber. O mundo é um grande cassino, e não só o mundo das finanças.

Quando o Lula falou que a mamona salvaria o mundo (biodiesel), as ações da Brasil Ecodiesel estreavam na bolsa a R$ 12,00. Hoje, em valores atualizados, está a centavos (a empresa mudou de nome várias vezes, bem como mudou de ramo).

A Telebras é uma empresa que dá prejuízo recorrente sempre, mas funciona para trade, tem valor de mercado, ainda que, talvez, não devesse ter.

Há uma ENORMIDADE de empresas que valem provavelmente nada, mas que ainda negociam, algumas fortemente, sem qualquer base fundamental, apenas na vibração do grande cassino da humanidade.

Não é pelo fato de que o Bitcoin negocia, tanto em mercados à vista, quanto em mercados futuros, que ele, realmente, valha alguma coisa, ou que traga algum valor para a sociedade.

Se você ganhou, e ganha, muito dinheiro com Bitcoin, o significado disso tudo é só esse mesmo, que ganhou muito dinheiro com negociação de alguma coisa.

E, nesse caso, mesmo que todas as suas premissas para explicar o seu sucesso no mercado de Bitcoins sejam furadas (e devem ser, pois ninguém sabe para que serve), aproveite o momento.

Você já ganhou dinheiro, não precisa estar certo.

Para finalizar

Na verdade o Bitcoin é exatamente o que falei dele no meu primeiro artigo que escrevi sobre o assunto. Uma moeda de game. As pessoas são recompensadas por jogar. E só.

Depois da alguns meses acompanhando as notícias, lendo e acompanhando especialistas, entendo que essa característica do Bitcoin se mantém. É uma recompensa por jogar um jogo. O resto dos significados do Bitcoin ainda está em formação.

Mas, se as pessoas apostam em qualquer coisa, por que não no preço de uma moeda de game, não é?

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11 Respostas to “Bitcoin. O que sabemos até agora.”

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Caro, Portinho.
Gosto do seu blog, mas não concordo com você a respeito do bitcoin.
Qual a sua opinião sobre as demais criptomoedas? Há várias que apresentam caracteristicas tecnológicas que as tornam melhores que o bitcoin e melhores que qualquer sistema de pagamentos ou transferência de divisas. Para mim, são reais candidatos a serem usadas no dia-a-dia, o que oferece ganhos para os seus atuaia detentores.
Você acha que seus argumentos se mantém, mesmo com bancos japoneses e sul coreanos procurando utilizar criptomoedas para agilizar suas operações? Acho que isso está longe de ser um videogame, já que os detentores da moeda em questão terão ganhos por «patrocinarem» a rede, caso ela passe a ser utilizada «oficialmente».

Muito obrigado e continue com o bom trabalho!

Oi Renner, agradeço as gentis palavras.
Com relação ao Bitcoin, a ideia de ser uma moeda de videogame não é um julgamento de valor, é só a descrição do que ela é mesmo. Uma moeda que ganhamos por participar de um jogo e cumprir certas tarefas. O jogo é hermético, fechado. O jogo significa fornecer capacidade computacional para que o algoritmo funcione. As trocas de Bitcoin por dólar acontecem fora do jogo, em corretoras. Não é muito diferente das moedas do Mario Bros. Há mercado paralelo para compra de recompensas em jogos de videogame (app store é isso).
A revolução das criptomoedas, se existir, é uma revolução da tecnologia e não das moedas em si. O que estamos vendo mais se assemelha a uma aposta na tecnologia vencedora do que a um sistema capitalista de destinação de capitais para projetos de investimento.
Com relação às vantagens das criptomoedas, a única visível é não ser rastreável, mas essa vantagem parece boa apenas para quem não quer aparecer, normalmente criminosos e adjacências. Com relação à velocidade e segurança, ainda não está nem perto dos sistemas de pagamento tradicionais. O Brasil é um país fechado, mas em países desenvolvidos e abertos o paypal funciona tão bem e tão rápido quanto qualquer criptomoeda. Mas é rastreável, essa é a diferença.
Os meus argumentos se mantém, com certeza, e a sua última colocação mostra isso. “os detentores da moeda terão ganhos por patrocinarem a rede, caso ela passe a ser utilizada oficialmente”.
Por quê?
Se o Bitcoin fosse uma patente e cada moeda fosse um título de propriedade dessa patente poderia concordar com você, mas sendo um software aberto, que qualquer um poderia copiar, o que garante que não seja usado para aplicações bancárias sem qualquer relação com a criptomoeda? É livre, porque alguém precisaria pagar alguma coisa aos detentores de Bitcoin?
O Bitcoin não me parece ser nada, mas não significa que as pessoas não apostem sobre isso. Deve durar até que o interesse acabe, pois não há fundamento para segurar o preço, apenas especulação.
É como vejo, posso estar enganado, mas ninguém em todo o mundo soube dar uma explicação convincente sobre para que serve essa nova febre. Se aparecer, posso rever meus conceitos.
Abraço!

Olá Portinho,
Tenho que dar o braço a torcer a respeito de sua analogia com o videogame.
Apesar de trazer um viés “infantilizador” ao mercado de cryptos, é uma analogia aplicável.

Com certeza a velocidade da rede Bitcoin está longe do padrão utilizado pelo mercado. Porém, sugiro ficar de olho em iniciativas como:
1 – Lightning Network (https://lightning.network/): simplificadamente, trata-se de uma nova camada que melhora muito o número de transações processadas por segundo (ultrapassando os números da VISA).
2 – IOTA, Raiblocks e outras “cryptos de segunda geração”. São concorrentes do BTC e já resolvem diversos problemas apontados.

Essas tecnologias prometem velocidades na ordem de mais de dezenas de milhares de transações por segundo.

Muito obrigado e até a próxima!

Tenho certeza que as tecnologias são fantásticas, são mais de 1.500 cryptos por aí, deve ter muito coisa revolucionária.
O que me incomodou é que os caminhos para financiamento dessas tecnologias não são claros. Os processos normais são captação de recursos próprios (venda de direitos sobre a propriedade) ou de recursos de terceiros (dívida).
A remuneração com base em moedas criadas no próprio ambiente não garante nem dividendos, nem propriedade, nem segurança etc.
Mas creio que isso tudo seja efeito do excesso de dinheiro no mundo. Já escrevi bastante sobre isso. Não seria exagero acreditar que o mundo tem entre 20% e 35% a mais de liquidez do que precisa. Como o mercado não discute, ele se vinga, ele educa, provavelmente teremos algum evento destruidor de valor, talvez até no curto prazo.
O BTC é só um dos aspectos. As Venture Capitals estão recusando dinheiro aos bilhões. Não tem onde investir.

Ótimo texto. Eu comprei 50 reais em bitcoins há mais ou menos 2 anos. Já resgatei 600 reais e ainda tem mais 1300 para resgatar na cotação de hoje. Fico pensando que deveria ter colocado pelo menos uns mil reais naquela época kkkk Mas hoje não tenho coragem de colocar mais.

Penso o mesmo , Paulinho. . Enquanto o Seu Antônio do Clipper não aceitar Bitcoins para pagar o meu chopp, quero distância desse troço !

Artigo sensacional, parabéns !!!
Alguns dados do bitcoin me chamam atenção. Valor em reais já passa de um trilhão, apenas 5 transações por segundo, o que daria 432 mil transações diarias para toda a rede. 1 milhão de brasileiros já compraram bitcoins. Mais de 1000 altcoins, permaneço longe desse “game”.

Acompanho seus post. Concordo a respeito de seus artigos sobre cripto. Vc esclareceu aos meus chegados, não encontrava as frases adequadas.

Muito boa a explanação, também compartilho com essas idéias.

Bom artigo. Concordo no geral. Sem contar que manipulações nesse mercado não são crimes como num mercado comum: front running (essa até menos grave e se justifica pra aumentar a aderência) e painting the tape (a grande formadora da bolha).

OFF TOPIC – E o Barrosão liberou o companheiro Pizzolato. Indultos do Temer suspensos e Gilmar tido como o grande vilão da nação. Os corruptos fisiológicos e inimigos da esquerda são alvo de investimento emocional da imprensa gramsciana ou oportunista e da direita despolitizada (não tem a ver com acompanhar política ou se filiar a partido, mas a entender o jogo real), enquanto os corruptos ideológicos seguem tranquilos soltando os seus e livres de críticas. Vocês não entendem nada mesmo. De qualquer forma, Feliz Ano Novo, Portinho.

https://www.facebook.com/luciano.henriqueayan

Posso até não entender nada, mas as premissas apresentadas no seu argumento carecem de lógica.
Os indultos de Temer favoreceriam a todos, independente de partido. Ficariam livres com 20% da pena e sem obrigação de pagar a multas. Vale para Pizzolato, Cabral, Lula etc., sem qualquer distinção ideológica. Suspender o indulto, obviamente não favorece os corruptos ideológicos. Isso é claro.
Gilmar é o inimigo da nação, pois é o principal inimigo da lava-jato. Em que mundo Sérgio Moro favorece bandidos ideológicos? Provavelmente será o único que conseguirá prender Lula, se não nesse processo, em outros 5 ou 6. Reinaldo Azevedo inventou uma lógica particular para dizer que a Lava-jato é cabo eleitoral de Lula. Mas isso só faz sentido para quem quer defender Temer e Aécio, pois a lava-jato é a única coisa entre Lula e o planalto. O PMDB, que Reinaldo ama, já se aliou a Lula em vários estados do NE.
Os bandidos ideológicos roubaram junto, no mesmo esquema, com os mesmos resultados dos bandidos não ideológicos. Temer era vice de Dilma, os ministros presos (e os soltos) também atuaram com Dilma. É preciso enxergar algum outro divisor, pois a ideologia não os dividiu. Atuaram juntos e sempre. E continuam. E continuarão, caso vençam as batalhas judiciais. A privatização da Eletrobras NÃO vai sair, não por conta do PT, mas porque é feudo de corruptos (de direita) no Nordeste, no Sul e no Sudeste. Aécio mandou em Furnas durante o governo do PT.
Vejo as coisas de forma simples. Para acreditar que a Lava-jato é o inimigo do Brasil, precisaria sepultar a lógica trivial e adotar lógica conveniente.
Anyway, feliz Ano Novo!


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  • Disclaimer

    Este blog é um ambiente privado para expor opiniões, estudos, reflexões e comentários sobre assuntos ligados a finanças, bolsa de valores, economia, política, música, humor e outros temas.

    Seus objetivos são educacionais ou recreativos, não configurando sob nenhuma hipótese recomendação de investimento.

    O investidor consciente deve tomar decisões com base em suas próprias crenças e premissas. Tudo que lê ou ouve pode ser levado em consideração, mas a decisão de investimento é sempre pessoal. Tanto na escolha de ações para carteira própria, quanto na escolha de gestores profissionais para terceirização da gestão.

    O Autor espera que os temas educacionais do blog possam ajudar no desenvolvimento e no entendimento das nuances do mercado de ações, mas reitera que a responsabilidade pela decisão de investimento é sempre do próprio investidor.

    Sejam bem vindos!

  • Paulo Portinho

    PAULO PORTINHO, engenheiro com mestrado em administração de empresas pela PUC-Rio, é autor do Manual Técnico sobre o Método INI de Investimento em Ações, do livro "O Mercado de Ações em 25 Episódios" e do livro "Quanto Custa Ficar Rico?", os dois últimos pela editora Campus Elsevier.

    Paulo atuou como professor na Pós-graduação de Gestão Social da Universidade Castelo Branco e na Pós-graduação oferecida pela ANBIMA de Capacitação para o Mercado Financeiro.

    Atuou como professor da área de finanças e marketing na Universidade Castelo Branco e no curso de formação de agentes autônomos do SINDICOR.

    Como executivo do Instituto Nacional de Investidores - INI (www.ini.org.br) entre 2003 e 2012, ministrou mais de 500 palestras e cursos sobre o mercado de ações, sendo responsável pelo desenvolvimento do curso sobre o Método INI de Investimento em Ações, conteúdo que havia chegado a mais de 15.000 investidores em todo o país, até o ano de 2012.

    Representou o INI nas reuniões conjuntas de conselho da Federação Mundial de Investidores (www.wfic.org) e da Euroshareholders (www.euroshareholders.org), organizações que congregam quase 1 milhão de investidores em 22 países.

    Atuou como articulista do Informativo do INI, do Blog do INI, da revista Razão de Investir, da revista Investmais, do Jornal Corporativo e do site acionista.com.br. Foi fonte regular para assuntos de educação financeira de veículos como Conta Corrente (Globo News), Infomoney, Programa Sem Censura, Folha de São Paulo, Jornal O Globo, entre outros.

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