Música
A Pirataria, a Incompetência Empresarial e uma Solução Jurídica Original
Recentemente um órgão internacional de proteção aos direitos autorais revelou que o Brasil era o segundo país onde mais se baixa ou se utiliza, irregularmente, conteúdo protegido, atrás apenas dos Estados Unidos.
Parece que o maior problema seria com games, segundo eles.
Eu não vou “chover no molhado” discutindo a moralidade, legalidade ou as implicações da atitude de usar conteúdo protegido sem pagar, ou pagando muito pouco. Não é o objetivo desse artigo.
Pretendo sugerir que a legislação atual, que criminaliza de forma direta e objetiva a atitude da pirataria, é contraproducente e atrapalha demais o desenvolvimento dos mercados de direitos autorais.
A incompetência empresarial
Temos um modelo de entendimento a respeito do mundo empresarial e financeiro extremamente equivocado.
O fato de alguém ser rico, bem sucedido, não faz dele, necessariamente, uma pessoa brilhante.
Na maior parte das vezes, as pessoas são ricas porque compram algo por R$ 10,00 e vendem por R$ 20,00. E fazem isso milhares de vezes por mês.
Essa mesma pessoa não estaria apta, só por ter feito fortuna, a opinar sobre estratégia empresarial, desenvolvimento da indústria ou o futuro da nação. Muitas vezes é apenas um bom comerciante, ou teve uma boa formação técnica e ocupa um cargo de destaque em algum grupo empresarial.
Eu compartilho do entendimento de Carl Icahn e outros investidores ativistas dos EUA, de que as Companhias são, na maioria das vezes, geridas de forma pobre, pouco criativa e pouco inteligente. E na maioria das vezes o sucesso vem por acaso.
Infelizmente o recente boom das commodities no Brasil mostrou isso. Dependendo do vento, até tijolo voa. Ventou muito. Pouca gente continuou voando quando o vento acabou. Quase ninguém, nem o próprio país.
A lógica de Icahn, da qual compartilho, é que a vida empresarial no topo tende a ser conservadora, tende a se preocupar, principalmente, em manter o status quo, na marra, com hordas de advogados, se for necessário.
O Napster
Creio que o primeiro grande caso que me incomodou foi o da briga da indústria fonográfica com o Napster.
Escrevi sobre isso em 2001 e enviei para a Enanpad, apenas para deixar registrado. No artigo sugiro uma visão de futuro completamente diferente para a época, mas hoje meio óbvia. A seguir, para quem quiser ler em retrospectiva.
O Napster foi o primeiro grande sucesso no compartilhamento de arquivos, quando a internet ainda era, praticamente, uma tartaruga discada. Chegou a ter 100 milhões de usuários, o que para o início dos anos 2.000 era um feito e tanto!
A indústria fonográfica viu no napster uma ameaça, eu vi a redenção. Eu vi, com clareza, um modelo que poderia reduzir extremamente a ineficiência da própria indústria.
Indústrias têm objetivos sociais, aqui não falo de filantropia ou responsabilidades socioambientais, falo da tal “razão social”, o que ela agrega à sociedade e o que faz a sociedade pagar por esses benefícios.
A indústria do entretenimento nos traz estímulo sensorial. Nos traz sentimentos, vibração, memórias, amor, raiva e tudo o que aquela música ou filme conseguir despertar no “consumidor de sensações”.
A razão social ERA distribuir e entregar CDs ou DVDs, quando isso exigia parrudos investimentos em logística. Esse ERA o valor agregado. Não é mais e a indústria demorou a ver isso.
O Napster fez coisas incríveis. Fez você consumir esses sentimentos de outra forma. Não precisava mais comprar 10 músicas para ouvir uma. Não ficava à mercê de um sistema de distribuição e de promoção para ouvir uma música “fora de catálogo”, esperando um “The Best Of”. Não precisava gastar horas no rádio tentando gravar sua música antiga favorita.
E o que fez a indústria contra um garoto que, sozinho, revolucionou o sistema de distribuição de sensações?
Bom, dentro do ambiente empresarial a atitude, conservadora, hipócrita e, claro, destruidora de valor, foi iniciar uma guerra jurídica para destruir o Napster.
Não se deve ouvir seu corpo jurídico nessas horas. Não são especialistas nos negócios que defendem e, jamais, irão sugerir algo que lhes tire as “billable hours” do litígio sem fim.
A estimativa à época era de que a indústria gastou alguns bilhões de dólares, e muitos mais adiante, para destruir um modelo que, obviamente, viria a ser vitorioso NA MARRA anos mais tarde. E a indústria, praticamente, quebrou.
A guerra jurídica e a destruição de valor
Tenho muitos amigos defensores do liberalismo econômico puro, acreditam que o “mercado” resolverá suas inconsistências.
Tendo a concordar com eles em muitas coisas, mas não concordo que o mercado seja virtuoso a ponto de nos criar SEMPRE mais valor.
Na verdade acho que a evolução é no sentido de gerar valor, mas, muitas vezes, o corpo empresarial, político e jurídico atuam para nos atrasar por décadas.
Lembro-me de dizer várias vezes a um amigo que trabalhava na Microsoft, isso há mais de uma década, que o modelo de negócios estava errado. Não fazia sentido vender software caro, era muito mais inteligente alugar barato.
Até acho que os dirigentes da pequena e mole (Microsoft) sabiam disso, mas a justificativa era essa: “It´s a multi-billion dollar business”. Não se mexe com isso.
Os libertários acreditam na virtude mundo empresarial, para nos levar a um mundo melhor. Lamento, mas o mundo empresarial, na maioria das vezes, só discute quanto tempo mais eles precisam para amortizar seus investimentos.
Talvez pudéssemos, num mundo ideal de concorrência, onde os lobbies, os corpos jurídicos e os empresários jurássicos estivessem em segundo plano, ter carros a hidrogênio ou movidos a flatulência, ter energia gratuita em casa, ter descoberto a cura do câncer e da Aids, entre outras coisas.
Não temos esses benefícios e jamais saberemos se foi por incompetência técnica, ou porque “you don´t mess with a multi-billion dollars business”. Nas planilhas, tem que se usar AZT e gasolina por mais uns 20 anos para pagar os planos de negócios, as TIRs e os VPLs.
Esse é o mundo, desculpem pela franqueza.
Existe um mundo pior, entretanto. Está na Coréia do Norte, em Cuba etc., onde nem os “multi-billion dollars businesses” existem. Existe apenas o Estado.
Agora me desculpo com o “outro lado”, os estatistas. É inacreditavelmente pior assim.
Bill Gates e Steve Jobs
Recomendo ler sobre a vida de Steve Jobs. Ele levou sua Apple às alturas com um monte de loucura empresarial. Em determinado momento contratou o “melhor CEO do mundo”, que vendia água com açúcar e corante (Pepsi).
Em pouco tempo o conselho de administração, que representa quem colocou grana no negócio, expulsou Jobs da empresa para implantar um regime trivial de planos de negócios, taxas de retorno e outras tecnicalidades financeiras.
Como disse no início, dependendo o vento até tijolo voa. No caso, o fim do vento foi a demissão de Jobs. Foi taxado de maluco por querer vender um computador que custava US$ 2.000 por US$ 999. E parece loucura, mas em vez de forçar a engenharia a reduzir esses custos, a Apple trilhou o caminho dos burocratas das taxas internas de retorno e quase faliu.
Talvez falisse com Jobs também, à época, se não fosse possível baixar os custos. Mas custos são diminuídos com boa técnica. Genialidade não se encontra em CEOs que seguem a cartilha do Conselho de Administração, sem questionar.
Jobs voltou e, utilizando muito do que o Napster nos ensinou (com o Ipod), levou a empresa a valer mais do que todas as empresas brasileiras listadas em bolsa juntas.
Recomendo também o filme “Os piratas do vale do silício”, que conta a história de Jobs e de Bill Gates. Piratas que hasteavam bandeiras de piratas.
Bill Gates não é bobo. Usou a pirataria para levar a Microsoft ao monopólio do sistema operacional.
Quem usa Windows há 20 anos ou mais sabe que era caríssimo no início. Um pacote Office com Access era quase impagável para uma pessoa física ou para pequenas empresas.
Mas a pirataria de Windows era recorrente, quase a totalidade dos domicílios brasileiros, que tinham computadores, não tinham cópias legalizadas. Chego a afirmar que, mesmo em empresas, a maioria dos softwares era pirata.
Vale lembrar que, na década de 1990, os computadores não vinham com Windows. Não era fácil e barato como hoje.
E o esforço contra isso, por parte da Microsoft, era mínimo, no início, quando o Windows ainda não era o padrão mundial de sistema operacional.
Se Bill Gates tivesse gastado bilhões para destruir essa pirataria inicial, e efetivamente conseguisse garantir que apenas quem comprasse usaria o Windows, COM CERTEZA, outros sistemas operacionais apareceriam e o Windows jamais teria esse monopólio. Provavelmente nem existiria mais.
A pirataria foi a maior aliada de Bill e ele sabe disso. A facilidade de usar Windows e a suíte Office fez com que, naturalmente, as pessoas só soubessem usar isso. As empresas contratavam pedindo conhecimento em: Windows, Excel, Word etc.. Olha que reserva natural de mercado!
Creio que a prova disso é que nem sistemas operacionais gratuitos, ou planilhas gratuitas conseguiram tirar da Microsoft seu monopólio.
Bill, se pudesse, agradeceria a todos os bilhões de piratas que fizeram do Windows o padrão da computação doméstica e empresarial.
A pirataria como reguladora da incompetência empresarial no mundo do entretenimento
É claro que, quando você vira um “multi-billion dollar business” você abandona a pirataria e faz contas sofisticadas, para demonstrar que, por exemplo, uma superinovação precisa esperar de 5 a 10 anos para ser lançada, para não prejudicar os produtos atuais.
E assim caminha a humanidade. Refém das taxas internas de retorno, do judicialismo, dos lobbies para afastar a concorrência e esconder a podridão etc..
Parece-me óbvio, muito óbvio, deveras óbvio, que a modelagem atual de consumo legal de conteúdos protegidos, como Netflix, Itunes, You tube etc., existe porque se impôs na marra.
Existe porque a indústria falhou no protecionismo jurídico e policial. Apesar de AINDA tentar combater esses meios, pelos quais a maioria dos seres humanos vê e ouve seu entretenimento sensorial.
O que é um crime?
É o que está tipificado no código penal.
Quando você gravava os discos emprestados de um amigo num K7, ninguém via nisso um crime. Ainda que pudesse ser.
Há alguns anos, se você soprasse um bafômetro depois de 1 copo de cerveja, seria liberado. Se soprar hoje, será processado como criminoso.
Quem define é o legislador. O que era comum há 20 anos, hoje talvez seja crime inafiançável.
Se o Estado quiser, o cidadão jamais conseguirá viver dentro da lei. Você pode ser processado, por exemplo, por pagar um engraxate de 12 anos. Será estímulo ao trabalho infantil.
O Estado precisa entender que não está lá para isso.
Como o legislador poderia proteger os conteúdos e seus proprietários e, ao mesmo tempo, exigir contrapartida empresarial?
Em vez de, simplesmente, dar garantias de uso da força policial e judicial do Estado contra os consumidores irregulares de conteúdo protegido, deveria exigir que a proprietária dos direitos dê a opção de compra, com as mesmas facilidades, para o consumo do conteúdo.
Explico.
Um filme recém-lançado no cinema.
Para ver esse filme há que se consumir vários outros serviços ou produtos. Gasolina, transporte público, estacionamento, salas, ar-condicionado, energia elétrica, projetores, películas, manutenções etc.
Para quem tem filhos, uma ida ao cinema a 2 pode custar fácil 300 reais, entre baby-sitter e esses consumos casados.
Como é evidentemente possível fazer esse conteúdo chegar com qualidade às casas, entendo que os detentores dos direitos só devam estar aptos, juridicamente, a interpelar quem baixa conteúdos irregularmente se houver a possibilidade de compra pelo meio mais simples, sem vendas casadas.
Aos protecionistas, um parêntese.
Dizer que os cinemas poderiam ir à falência NÃO é um argumento razoável, é protecionista e cartorial. Um negócio deve existir porque agrega valor e não porque é a única forma que a lei ou a indústria nos permite para ver um lançamento.
O cinema vencerá, com certeza, por oferecer segurança, telas e sons maravilhosos, um escurinho para abrigar os namorados, uma pipoca, som, enfim, por ser um EVENTO em si, e não pelo protagonismo imposto por um modelo de negócios arcaico.
Voltando ao novo modelo jurídico…
Imagine se os detentores dos direitos autorais fossem obrigados, para poder interpelar judicialmente um consumidor pirata, a oferecer opções de compra, sem venda casada, ou da mesma forma que ele consegue ver em casa.
Tenha certeza de que o streaming de vídeo já seria o que é hoje em 2004, o Netflix e afins seriam hoje, provavelmente, maiores do que a TV aberta e até do que a TV paga. O Youtube seria hoje, o que será apenas daqui a 10 anos.
Poxa, mas isso iria reduzir a rentabilidade de outras indústrias?
Ai, ai, ai! Olha a verve protecionista atacando de novo!
O que não é justo é que o mundo se atrase apenas por conveniência de gente que não quer inovar, de empresários de planilhas e de VPLs calculados para projetos de 10 anos.
Não é justo que se gaste bilhões de dólares em lobbies do atraso e com corpos jurídicos que existem para proteger esse atraso, em vez de criar modelagens que efetivamente agregam valor ao consumidor.
Encerrando.
O mundo de hoje é estranho. Há mecanismos claros para que os modelos de consumo de entretenimento sejam revolucionados a cada ano. A cada minuto até.
Mas o que fazemos?
Preferimos criminalizamos 35% da população suíça. Isso mesmo, aquele país com 3 homicídios por ano, 7 roubos, tem cerca de 3 milhões de usuários ilegais de conteúdo protegido.
Esses suíços são uns picaretas! Cadeia neles!
Ler Post Completo | Make a Comment ( 10 so far )
Método SEMPRE – Entrevista com Música ao Vivo!
Para saber mais sobre o Método SEMPRE!
Entrevista sobre bolsa, liberdade financeira, guitarras, música e felicidade!
Com direito a Jam Session no final!
Crossroads 1986 – O Duelo Final. Homenagem aos guitarristas “behind-the-scenes”. Post sobre música.
Amigos… alguns poucos sabem, mas atuei como guitarrista e band leader aqui no Rio por quase 20 anos.
Para quem não conhece (ou quer rever…), vai aí um registro bem raro da minha banda DuCarvalho (a original), com meus irmãos Bruno e Marquinhos:
DuCarvalho Medley Santana – Soul Sacrifice/Black Magic Woman
A Encruzilhada – 1986
Um dos filmes que mais marcaram os guitarristas mundo afora foi o clássico Crossroads (A encruzilhada – 1986), em que Ralph Macchio interpreta um aluno de violão clássico apaixonado por blues que vai atrás da “música perdida” de Robert Johnson.
O filme é obrigatório para qualquer guitarrista, de qualquer idade e tendência. Mas esse post quer reparar uma injustiça não intencional do filme.
À época, internet era coisa de supernerd em superuniversidades (se tanto…). Pesquisa era algo caríssimo e dificílimo de fazer.
O “duelo final” de Ralph Macchio contra Steve Vai, literalmente o guitarrista do capeta, elevou Vai ao nível de superguitarrista (que sempre foi), mesmo tendo sido derrotado no final.
Mas o que poucos sabem, é que outros 3 guitarristas foram absolutamente fundamentais para imortalizar aquele duelo entre o estilo “fast-and-furious” de Steve Vai e o bom e tradicional Blues, com um gran finale clássico. Arrisco a dizer que foram até mais importantes do que o próprio Vai.
Para quem quiser (re)ver:
O Duelo Final – Crossroads 1986
Era praticamente impossível descobrir, à época, os detalhes daquele duelo, quem tocou o Blues, quem tocou o clássico etc..
Mas com as facilidades de hoje isso está a poucos cliques de distância.
Sabendo os detalhes, vale prestar reverência a esses músicos que povoaram o imaginário de nós guitarristas e nunca tiveram o devido reconhecimento.
Esse ficou de fora mesmo, pois nem apareceu nos créditos devido a alguma briga com o estúdio.
Mas fez o mais difícil dos trabalhos: Foi coach de Macchio e garantiu que, mesmo sem ser responsável pelo som, a “mímica” do ator ficasse perfeita. Bem, exceto pela interpretação final, mas seria mesmo impossível fazer mímica de Paganini.
Ry Cooder
Esse é o cara dos slides, em minha opinião o melhor do mundo nessa técnica, ao lado de Derek Trucks e do meu amigo Big Gilson. Esse é quem conseguiu criar linhas simples de blues que conseguiram “combater” a supercomplexa técnica de Vai.
Espetacular. A simplicidade do feeling do blues de poucas notas contra a superpotência técnica e cênica de Steve Vai. Cara, quanto significado tinha (e tem!) aquilo para os guitarristas…
Para conhecer esse gênio do Slide, vai uma sensacional versão de Jesus on the Mainline, com um coro inacreditável (presta atenção no baixo):
Ry Cooder – Jesus on the Mainline
Willian (Bill) Kanengiser
Bom, a mensagem do filme, ao menos para guitarristas, é que, em algum ponto, a supertécnica e incrível presença cênica de Steve Vai iriam vencer o Blues de Cooder/Macchio. Massacre certo!
Ocorre que o personagem de Macchio tinha formação em violão clássico e, quando já estava tudo perdido para o Blues, lançou uma adaptação de Paganini para dar o golpe final em Vai e evitar que sua alma fosse levada pelo tinhoso.
Aqui vale registrar dois reconhecimentos:
Um para Bill Kanengiser, pela adaptação e execução de Paganini, mesmo em guitarra elétrica distorcida (que não é seu instrumento).
Veja a linda interpretação de Bill:
E o segundo reconhecimento, para a evidentemente superior complexidade harmônica e melódica da música clássica. É inegável.
A sorte de Vai é que ele não teve que enfrentar um violinista como Shlomo Mintz interpretando o Paganini original (Caprice N° 5).
Seria um massacre em 30 segundos.
Duvidam? Vejam lá:
Paganini: Caprice No. 5 (Shlomo Mintz)
Por fim… a mudança nos tempos.
É isso amigos. Para se ter noção de como eram os tempos pré-internet, eu passei bons anos acreditando que Steve Vai tinha interpretado as duas linhas de guitarra. Não era possível saber for sure sem investir recursos significativos de tempo e grana. Iria procurar onde?
Pois em pouco mais de 40 minutos, praticamente toda a história se revela neste ano de 2013.
E vamos ler o Post antes que Roberto Carlos consiga proibir biografias… não sei se isso que escrevi se enquadraria…
rsrsrs
Ler Post Completo | Make a Comment ( 5 so far )Proibição de biografias não autorizadas. Não é censura, é pior…
Prezados, não quero “chover no molhado” e repetir ou refutar os argumentos que já foram apresentados por ambas as partes. Vou opinar sim, mas com outro foco.
O objetivo do lobby dos artistas (alguns), de proibir biografias não autorizadas (ou não remuneradas…), em minha opinião, é um pouco mais do que censura, é querer o monopólio da construção da imagem pública. Imagem essa que foi, é e será a nossa própria história. NOSSA história.
Roberto Carlos não quer que revelem “Deus sabe o quê”, mas usa instrumentos clássicos de relações públicas, assessoria de imprensa, propaganda etc., para construir a imagem que considera “valiosa” para si mesmo (e para o seu bolso).
Há esforço financeiro direto, caríssimo, para construir e manter a imagem dele e de muitos outros artistas. Até microcelebridades contam com assessoria de imprensa paga e ativa.
Para quê?
Ora… para dizer que é uma pessoa boa, que já consegue usar marrom, que está curado do TOC, que todos o amam, que é generoso, que não pinta o cabelo, que não usa silicone, que está solteiro, que é fiel etc.
Você é assim mesmo?
Quando aparece no Fantástico ou no Faustão para que todos digam o quanto você é bom, generoso, brilhante e tudo o que há de mais perfeito, é uma construção direcionada, paga (o horário não é de graça), para que aquela mitologia lhe favoreça.
Se você quer nos fazer crer na sua imensa bondade, o que, lamentavelmente, faz com que as pessoas se sintam muitos “degraus” abaixo do mito, por que a revelação de que renegou sua família, traiu sua mulher, chutou seu cachorro não seria da nossa conta?
Eu sou bom para comprar com base na sua imagem projetada, mas não mereço saber que era uma projeção imprecisa?
Qual a diferença disso para um sistema de propaganda oficial que se esforça para ocultar o feio e mostrar o bonito, MESMO QUE O BONITO NÃO EXISTA?
Eu afirmo sem medo de errar. Qualquer um desses artistas sabe exatamente o que fazer para enaltecer sua própria imagem, criar e alimentar a mitologia em torno do ente público que são.
Se você quer me fazer crer (e QUER!) que é bom, se gasta tempo e dinheiro nessa construção, mas quer o poder de censurar qualquer fato que contradiga o seu próprio sistema de propaganda (que busca também o lado financeiro!), lamento, mas você é a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas in person.
Na prática, você quer (e tem) o direito de propagar ostensivamente “meias-verdades convenientes”, mas quer negar a publicação de “verdades inconvenientes”.
Stálin usava e abusava dessa prerrogativa!
Quer se preservar? Reconheça que isso vai lhe trazer muito menos exposição, muito menos dinheiro e, a depender de seu recolhimento, o ostracismo.
Aos artistas que realmente querem e se esforçam para se preservar, mas têm dificuldade dada a exposição que conseguem por seu excepcional talento, lamento de verdade. Mas nem tudo é como queremos. Todos nos frustramos com opiniões divergentes, seja com 40.000 livros vendidos, seja com 3 milhões de views no facebook ou you tube. E a maioria não têm nem remuneração pela boa imagem.
Agora, Belchior bem que podia dar umas aulas para aqueles que querem REALMENTE sumir da vida pública… rsrsrsrs
Ler Post Completo | Make a Comment ( 5 so far )Minha banda fazendo sucesso na Hungria!
Uau!!!!
Acabamos de receber um elogio (amplamente exagerado…) de um fã da Hungria, para um vídeo postado em 20 de abril de 2009 no You Tube.
A mensagem dizia:
című videóhoz:
Erre a megjegyzésre úgy válaszolhatsz, ha felkeresed a megjegyzések oldalát.
Sabe lá Deus o que isso significa.
Mais aí vai o vídeo, para quem quiser conferir:
Ler Post Completo | Make a Comment ( 2 so far )
Paulinho e Emerson – novas músicas e release
Novas músicas para baixar:
- Somebody to Love – Banda Killer Kings
- We are the Champions – Banda Killer Kings
- Don’t stop me know – Banda Killer Kings
- Texas Flood – Banda No Trouble – SRV Tribute
- Amor de índio – Paulinho e Emerson
- For no one – Paulinho e Emerson
Release – Paulinho & Emerson
A dupla “Paulinho & Emerson” fez sua primeira apresentação em outubro de 1990, há praticamente 20 anos.
Durante a primeira metade da década de 1990 apresentaram-se em, praticamente, todas as casas dedicadas a música ao vivo no Rio de Janeiro. Só no Pub Queens Legs foram 4 anos ininterruptos.
Em 1996 participaram da banda vencedora do Festival de Música de Piraí, com uma canção de Altay Veloso.
De 1996 a 2003 ficaram em cartaz no famoso bar Zepellin, na Avenida Niemeyer. Entre as ilustres visitas que assistiram ao show da dupla, temos Léo Jaime, Johnny Lang, Mike Stern e ninguém menos do que Roger Waters, lendário baixista do Pink Floyd.
Nos trabalhos solo Paulinho fez parte das bandas: Os Bão e Ducarvalho.
Emerson formou a banda Pepperband, Beatles cover com apresentações em todo o país e em Liverpool, Inglaterra.
Emerson é, atualmente, o vocalista do projeto Toca Raul, homenagem a Raul Seixas.
É também o vocalista da banda Rolando Stones, com Fernando Magalhães (Barão Vermelho), Felipe Cambraia e Alex Veley (Nando Reis) e Kadu Menezes (Kid Abelha).
A dupla continua na estrada e seu forte está no repertório (mais de 1.000 músicas) e nos vocais. De Paul Simon a Raul Seixas, de Beatles a Barão Vermelho.
Ler Post Completo | Make a Comment ( 2 so far )Entrevista CNN Internacional
Aniversário do Emerson 2008
Mais uma vez a velha (velhíssima) dupla Paulinho & Emerson volta ao cenário musical da Zona Sul!!!
– PISTACHE – RUA MARQUÊS DE OLINDA 11 – TEL. 2551-4139 / 2551-4203 – BOTAFOGO
– QUARTA-FEIRA PRÓXIMA, DIA 08/04/2009
– 19:00h, repito, 19:00h. É happy hour MESMO!!!
– Entrada: 10,00 obamas.
Sei que é difícil competir com o Kiss, mas… Prometo tocar Rock’n Roll all nite!
Contamos com vocês!
Ass. Matusalém, terceiro filho de Emerson…
- 547 A.C. – Forma sua primeira banda de música jônica acompanhado por Pitágoras de Samos e Tales de Mileto. Perdeu os companheiros para a escola de matemática de Dodecaneso na Grécia.
- 356 A.C. – Era Eunuco na Corte de Felipe II, rei da macedônia. Consolou muitas vezes a rainha Olympia, durante as viagens do Rei. Após o nascimento de Alexandre (O Grande), é jurado de morte por Felipe II, pois o menino nasceu a cara do Emerson. Com barba, chapinha no cabelo e tudo. Fugiu para lugar desconhecido.
- 300 A.C. – Euclides, na versão unrated de seu famoso livro “Os Elementos”, havia dedicado um capítulo a um sujeito que havia deixado mais de 1.000 filhos na Grécia. A AMIL – Associação dos Maridos Iludidos e Ludibriados de Athenas exigiu que o capítulo fosse excluído da versão final. Dizem os papiros que o nome do Capítulo era “Emersus indecorum volupias M cornum fait”.
- 300 A.C. a 1.000 D.C. – Período sem sinal terráqueo de Emerson. Um mensagem do espaço captada por um observatório da época foi traduzida como: “Eu nasci há 8 mil anos atrás”. Não se sabe se o marciano era o Emerson ou o Raul Seixas. Paulo Coelho não era, pois à época estava sentado à beira do caminho de Santiago com uma mega-larica e chorando horrores.
- 1167 D.C. – Comprou briga feia com Gengis Khan por tê-lo chamado de “Japa”. Como todos sabem, Gengis Khan preferia ser chamado de Mongol. Emerson foi expulso da gig (turnê) de invasão da China. Há indícios de que Gengis era filho de Emerson, um de seus 73.432 descendentes catalogados à época.
- 1488 D.C – Quase evitou que Fernão de Magalhães dobrasse o Cabo da Boa Esperança, apresentando-lhe o “Sururu de Mutamba”, uma espécie de Viagra da época. Sorte que Fernão de Magalhães já estava com mais de 90 anos e não funcionou.
- 1492 D.C. – Após arrumar um emprego de corneteiro na banda que animava a caravela Santa Maria, fez amizade com o capitão Cristóvão Colombo, montando em sociedade a primeira casa de moças das Américas, conhecida como “Programa de Índia”. Fez fortuna, mas perdeu tudo pagando pensão para suas 74 esposas vivas, até então. Foi obrigado a voltar fantasiado de Jegue para Gênova, cidade onde conheceu seu 1.456º amor.
- 1497 D.C. – Integra a esquadra de Vasco da Gama. No comments!
- 1500 D.C. – Dá um toque em Pedro Álvares Cabral para dar uma viradinha à direita em Açores, pois precisava comprar uma corda de tripa de carneiro para o seu alaúde, na Martinica. Acabou descobrindo o Pindorama e escrevendo seu primeiro samba “Aqui tudo acaba em bacalhau”, com letra de Pero Vai Com a Minha.
- 1767 D.C. – Recebe um telegrama de Portugal intimando-o a fazer 268 testes de DNA na Corte de D. Pedro III, pai (oficial) de D. João IV. Foge para Salzburg. Só há um teste que Emerson odeia mais do que o de DNA, é o do carbono-14.
- 1768 D.C. – Forma uma dupla de Música de Cabaret com um menino de 12 anos, W.A. Mozart, conhecida como “O Cravo e o Bode”. O menino largou a dupla alegando que Emerson tomava poucos banhos.
- 1824 D.C. – Mais uma dupla de sucesso: “Surdinho e Cabeção”, com L.V. Beethoven que, mais tarde, viraria um São Bernardo.
- 1828 D.C. – Volta ao Brasil no conhecido “Bonde da Carlota Joaquina”, navio que expulsou todos os 3.423 amantes da “nobre” portuguesa/espanhola.
- 1917 D.C. – Participação especial na gravação de “Pelo Telefone”, samba de Mauro de Almeida e Donga. Tocou triângulo, comprou cachaça e agenciou as “primas” para animar o ambiente.
- 1949 D.C. – Acompanhou (entendam como quiserem) as cantoras do Rádio Carmélia Alves, Ellen de Lima, Nora Ney, Violeta Cavalcanti, Zezé Gonzaga e Rosita González, atingindo a marca de 2.000 shows num só ano. Apartou uma briga entre Marlene e Emilinha Borba na Rádio Nacional onde só se ouvia: “- O homem é meu, o homem é meu”.
- 1950 D.C. – Estava no maracanã, na final Brasil e Uruguai, revelando-se um tremendo pé-frio. Desse momento em diante resolveu ser Botafogo para escolher o caminho do martírio.
- 1957 D.C. – Era sub do baterista da famosa banda “Os Tijucanos do Ritmo”, com Tim Maia. Continuou com Tim na montagem da banda “Os Sputniks”, com Roberto e Erasmo. A banda acabou quando Roberto Carlos acordou e se deu conta de que alguém tinha bebido Piña Colada em sua perna Mecânica. Tim Maia não quis se acusar. Emerson só dizia: eu só servi o drink, eu só servi o drink…
- 1964 D.C. – É expulso do Brasil por compor a Marchinha “Estou com a dita dura”, mal interpretada pela censura da época. Apesar de alegar erro de português, foi enviado para Cuba.
- 1974 D.C. – É expulso de Cuba por atitude desrespeitosa às damas da sociedade cubada e volta ao Brasil, travestido de “Cristina Durán – Charutão de Havana”.
- 1985 D.C. – Ajuda a jogar pedra em Erasmo Carlos no Rock in Rio I, compra morcegos de tira-gosto para Ozzy Osbourne e interpreta do dublê de Angus Young na famosa cena da bunda de fora.
- 1989 D.C. – Muda o nome para Emerson Ribeiro da Silva e inicia uma vida pacata no bairro do Horto Florestal, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Terra, Sistema Solar. Livra-se dos processos para reconhecimento de paternidade espalhados por toda a galáxia. Promete que “mulher verde” nunca mais!
- 2003 D.C. – Ao abandonar a vida boêmia, recebe o título de “membro” honorário permanente da Vila Mimosa e Rua Alice no meio de muita choradeira. Entrega-se à Igreja.
- 2003 D.S. (Dia Seguinte) – A Igreja o abandona.
- 2009 D.C. – Fará aniversário no próximo dia 08/04. A Idade? Pergunta pra ele!
Paulinho e Emerson no Bar Raiz nessa sexta dia 12 de dezembro
Nessa sexta dia 12/12 às 21:30hs, Paulo Portinho e Emerson Ribeiro (a dupla ‘Paulinho e Emerson’ conhecidos por bares como Zeppelin e Queen’s Legs Pub) apresentarão pérolas da música brasileira e do repertório internacional no restaurante e bar ‘Raiz.’
O restaurante fica na rua Olegário Maciel 231(esquina com Gal. Guedes de Fontoura), Barra da Tijuca.
Couvert: R$ 8,00.
Tels: 24940818 e 24940459.
Poderão ouvir com requinte: Chico Buarque, Noel Rosa, Charles Aznavour, Elton John, Luiz Melodia, Cartola, Credence Clearwater Revival, Queen, Beatles, Tom Jobim, Beto Guedes, Eric Clapton, Eduardo Dussek, João Bosco, Cat Stevens, Simon and Garfunkel, entre outros.
Aguardamos vcs por lá.
FEBEAPÁ MMCCCIIIX
Paulinho e Emerson no Bar Raiz
Caros amigos e ouvintes da boa música:
Nessa sexta dia 17/10 às 21:30hs, Paulo Portinho e Emerson Ribeiro (a dupla ‘Paulinho e Emerson’ conhecidos por bares como Zeppelin e Queen’s Legs Pub) estarão apresentando pérolas da música brasileira e do repertório internacional no restaurante e bar ‘Raiz.’
O restaurante fica na rua Olegário Maciel 231(esquina com Gal. Guedes de Fontoura), Barra da Tijuca.
Couvert: R$ 8,00.
Tels: 24040818 e 24940459.
Poderão ouvir com requinte: Chico Buarque, Noel Rosa, Charles Aznavour, Elton John, Luiz Melodia, Cartola, Credence Clearwater Revival, Queen, Beatles, Tom Jobim, Beto Guedes, Eric Clapton, Eduardo Dussek, João Bosco, Cat Stevens, Simon and Garfunkel, entre outros.
Aguardamos vcs por lá.
Happy Hour com Santana Cover
Show de Abertura 2008
Site www.saloon79.com.br
Agora… infelizmente… pelo aumento do IOF e da CSLL… Não deu para baixar a entrada…
Paulinho e Emerson no Falabeça!!!
Supernatural em Botafogo – Pistache!!!
Supernatura Santana Cover no Pistache!!!
Aniversário 2007
Santana na Lapa…
« Entradas Anteriores